PM da Índia reúne-se com oposição para discutir confrontos fronteiriços
O primeiro-ministro da Índia reúne-se hoje com os principais líderes da oposição indiana, numa altura em que Nova Deli tenta diminuir as tensões com a China após confrontos mortais entre os dois países na região fronteiriça disputada dos Himalaias.
© Reuters
Mundo Índia
O encontro entre Narendra Modi e mais de uma dúzia de forças da oposição indiana surge depois do ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, ter falado, na quinta-feira, com os líderes de vários partidos políticos para desenvolver um consenso sobre a situação.
A principal força da oposição, o partido do Congresso Nacional Indiano, afirmou, entretanto, que o país merece saber a verdade.
"Merece uma liderança que esteja disposta a fazer tudo antes de permitir que as suas terras sejam tomadas", referiu o partido, numa declaração.
Na segunda-feira, confrontos entre as forças militares dos dois países na fronteira que disputam na região dos Himalaias fizeram pelo menos 20 mortos do lado indiano.
As autoridades de Pequim não indicaram quaisquer baixas.
O combate corpo a corpo dos militares dos dois gigantes asiáticos, que se enfrentaram com pedras e barras de ferro, decorreu no deserto montanhoso de Ladakh (na zona de Caxemira, norte da Índia) e foi o primeiro confronto moral entre as duas potências nucleares vizinhas em 45 anos.
Há algumas semanas que a tensão tem vindo a subir entre os militares indianos e chineses na zona da fronteira contestada, que se acusam mutuamente de ultrapassarem a linha de controlo definida, e em maio foram enviados reforços militares para a região.
A linha, definida em 1962, percorre a região entre a zona controlada pela China, em Aksai Chin, e a ocupada pela Índia em Ladakh.
Desde segunda-feira, os dois países têm continuado a trocar acusações mútuas sobre a responsabilização de tais incidentes.
A China manteve hoje a sua posição e voltou a responsabilizar Nova Deli.
"O certo e o errado são muito claros e a responsabilidade é inteiramente do lado indiano", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.
Apesar das acusações, os dois países também têm afirmado que mantêm uma comunicação por canais diplomáticos e militares, bem como têm enfatizado a importância da ampla relação entre os dois Estados.
Esta informação também foi hoje referida pelo porta-voz da diplomacia chinesa.
"Esperamos que a Índia possa trabalhar com a China para manter o desenvolvimento a longo prazo das relações bilaterais", disse Zhao Lijian.
Os dois países negaram igualmente notícias que davam conta que soldados indianos estariam sob custódia chinesa.
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