Durante 30 anos, investigador juntou crianças órfãs com pais pedófilos
Homem pretendia provar que o contacto entre crianças e pedófilos não era perigoso.
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Mundo Alemanha
Durante 30 anos, um investigador alemão colocou crianças órfãs a viver com pais adotivos com um passado ligado à pedofilia. Kelmut Kentler, um professor de psicologia, da Universidade de Hildesheim, queria provar que o contacto entre ambos era inofensivo.
O estudo, feito com o conhecimento das autoridades alemãs e levado a cabo entre 1970 e 2003, pretendia provar que o contacto sexual entre estes homens e as crianças não causava quaisquer danos, sendo até que os pais eram bastante "carinhosos" para com os menores.
O 'Projeto Kentler' foi denunciado, há cerca de dois anos, por dois dos seus participantes que decidiram revelar o impacto que o estudo teve na sua vida, e o caso está a gerar grande controvérsia, sobretudo porque a experiência se realizou com apoios estatais.
O estudo contou com a colaboração de centros de abrigo de crianças e dos serviços sociais que aprovavam as adoções.
Desde que o caso foi denunciado que investigadores da respetiva universidade estão a analisar relatórios e a conduzir entrevistas. O que concluíram foi a existência de uma "rede entre as instituições educacionais", o gabinete estatal de assistência à juventude e o Senado de Berlim, no âmbito da qual a pedofilia era "aceite, apoiada, defendida".
A publicação alemã DW refere que o próprio investigador estava em contacto constante com as crianças e os pais. Kentler nunca terá sido condenado.
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