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Paz em Moçambique conduz ao primeiro encerramento de base da oposição

Governo, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e grupo de contacto para a paz oficializaram hoje o primeiro encerramento de uma base militar do principal partido da oposição, no âmbito do processo de paz no país.

Paz em Moçambique conduz ao primeiro encerramento de base da oposição
Notícias ao Minuto

19:11 - 13/06/20 por Lusa

Mundo Moçambique

"Hoje, tenho o prazer de informar que, no âmbito do reinício das atividades de desmilitarização, desarmamento e reintegração (DDR), foi oficialmente encerrada a primeira base militar da Renamo", referiu, em comunicado, Mirko Manzoni, enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do grupo de contacto.

Esta foi a primeira de 16 bases a encerrar, referiu fonte do processo à Lusa.

O processo de DDR surge na sequência do acordo de paz assinado em agosto de 2019, consolidando o cessar-fogo no conflito entre Governo e Renamo que persistiu até 2016 nalguns distritos do centro do país.

Uma equipa de inspeção confirmou hoje que na base situada nas proximidades de Dondo, província de Sofala, já não havia pessoal, nem armamento ou outros materiais perigosos. 

"Foi devidamente elaborado e aprovado por todas as partes um relatório exaustivo e um documento de encerramento", no que representa "um avanço significativo no processo", realçou Manzoni.

Todos os ex-combatentes da base "estão agora em casa e a iniciar as suas novas vidas", sendo que para as comunidades da zona o momento é um marco definitivo de "regresso à paz", acrescentou.

"Continuaremos a trabalhar no sentido de encerrar todas as bases e de assegurar a paz", conclui o enviado de António Guterres.

Depois de meses de interregno, o processo de DDR voltou a arrancar na última semana quando 38 ex-guerrilheiros da Renamo em Sofala entregaram as armas, num processo de desmobilização que será feito por fases, devido às medidas de prevenção contra a pandemia de covid-19.

Prevê-se que 5.000 ex-guerrilheiros sejam abrangidos com medidas que lhes permitam uma reintegração na sociedade.

Ossufo Momade, presidente da Renamo, disse em março, em entrevista à Lusa, acreditar que com os apoios financeiros prometidos pela comunidade internacional o processo de DDR poderá ser bem-sucedido.

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