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Sudão do Sul. ONG pede investigação sobre repressão contra manifestantes

As forças de segurança do Sudão do Sul mataram pelo menos cinco pessoas em Juba em 03 de junho em confrontos durante uma manifestação pacífica sobre infraestruturas públicas, alerta a organização Human Rights Watch, que pede uma investigação.

Sudão do Sul. ONG pede investigação sobre repressão contra manifestantes
Notícias ao Minuto

08:20 - 09/06/20 por Lusa

Mundo ONG

"As forças de segurança devem proteger os cidadãos, não os devem matar", afirma Nyagoah Tut Pur, investigador da Human Rights Watch (HRW) para o Sudão do Sul. 

O mesmo responsável acrescenta que as autoridades devem garantir que vai ser aplicada a "justiça a todos os que estiveram envolvidos" nas "mortes injustificadas". 

No passado dia 03 de junho, militares comandados por um oficial, familiar do Presidente Salva Kiir, reprimiram uma manifestação que decorria no parque de autocarros públicos de Sherikat, arredores de Juba.

Os manifestantes mostravam-se contra a construção de casas de banho em terrenos privados e que são motivo de controvérsia na zona. 

A organização não-governamental cita testemunhas no local e relatos de jornalistas que indicam que os militares armados com espingardas de assalto Ak-47 e pistolas abriram fogo matando de imediato dois homens e uma mulher ferindo outras sete pessoas.

Um dos manifestantes atingido a tiro acabou por não resistir aos ferimentos quando era conduzido ao hospital. 

Um oficial das Forças Armadas morreu no hospital devido a ferimentos na cabeça ocorridos durante os confrontos no parque de autocarros. 

Após os confrontos, os manifestantes organizaram um protesto que juntou cerca de mil pessoas e que também foi reprimido pelas autoridades policiais e militares presentes no local.

Segundo a HRW, registaram-se manifestações contra a repressão das autoridades na cidade de Bor, a 100 quilómetros a norte de Juba, local de residência das vítimas mortais do protesto inicial. 

No dia 4 de junho, o Presidente do Sudão do Sul nomeou uma Comissão de Investigação presidida pelo ministro da Justiça para apurar as circunstâncias em que ocorreram os crimes ocorridos no parque de Sherikat.

A HRW pede para que as investigações sejam definitivas recordando que processos do género no passado não foram conclusivos.

"As autoridades do Sudão do Sul não devem repetir erros do passado e devem respeitar direitos fundamentais", refere a organização não-governamental. 

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