Rússia e Turquia concordam em contribuir para o processo de paz
Os ministros dos Negócios estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, e da Turquia, Mevlut Cavusoglu, concordaram hoje numa conversa telefónica contribuir para o processo de paz entre as partes em conflito na Líbia.
© Reuters
Mundo Líbia
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo indica que os dois chefes da diplomacia se comprometeram a contribuir para a criação de condições para a reconciliação entre as partes no quadro de uma solução política e diplomática sob a égide das Nações Unidas.
Nesse sentido, defenderam a "nomeação imediata" de um novo representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia.
O Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, apresentou sábado um plano de paz após uma reunião com o líder do Exército Nacional Líbio (ENL) e "homem forte" do leste da Líbia, marechal Khalifa Haftar, apoiado também pela Rússia, e cujas forças têm sofrido vários reveses nas últimas semanas.
O plano inclui um cessar-fogo, que deveria entrar hoje em vigor, e a exigência de retirada da Líbia de todos os mercenários estrangeiros.
A Rússia apoiou hoje o plano de paz para a Líbia apresentado pelo Egito e expressou a garantia de Moscovo em analisá-lo com o líder do Governo de Acordo Nacional (GAN), que controla a capital, Tripoli, e é reconhecido pela ONU, Fayez Al-Serraj.
"[A Rússia] espera que a proposta consensualizada com os líderes do lado oriental da Líbia seja uma boa base para umas negociações que já são largamente esperadas sobre a construção da Líbia depois do conflito", assinala-se na nota de Moscovo.
As autoridades russas afirmaram ainda esperar que Tripoli conceda a "devida atenção" ao plano apresentado por Al-Sisi e que adote uma postura "construtiva".
Durante o dia de hoje, especulou-se que Al-Serraj teria viajado até Moscovo para negociar com delegados russos, algo que foi desmentido da parte da tarde.
A 04 deste mês, na última reunião com o Presidente turco, Recep Erdogan, o líder do GAN deixou claro que não daria a Haftar outra oportunidade de negociar a paz, considerando-o "golpista".
Fonte do GAN, citada pela agência noticiosa espanhola EFE, disse em Tripoli que as milícias governamentais não vão parar com a ofensiva para recuperar o controlo total da cidade de Sirte, no norte do país, e o oásis de Al-Jufrah.
"Não nos sentaremos em nenhuma mesa para negociar até conseguirmos todos os nossos objetivos, incluindo Sirte e Al-Jufrah", insistiu a fonte, ligada ao Ministério do Interior.
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