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Face a protestos antirracistas, Macron pede propostas rápidas ao Governo

O Presidente de França, Emmanuel Macron, pediu hoje ao Governo para acelerar a apresentação de propostas para melhorar a deontologia das forças policiais, face aos vários protestos das últimas semanas contra o racismo e a violência policial no país.

Face a protestos antirracistas, Macron pede propostas rápidas ao Governo
Notícias ao Minuto

13:06 - 08/06/20 por Lusa

Mundo Macron

Segundo um comunicado da presidência francesa, Macron reuniu-se no domingo com o primeiro-ministro, Édouard Philippe, e com o ministro do Interior, Christophe Castaner, tendo pedido propostas rápidas para responder às reivindicações.

Cerca de 23.000 pessoas manifestaram-se no sábado em várias cidades francesas contra o racismo e a violência policial, no contexto dos protestos globais pela morte do norte-americano George Floyd e de novos dados relativos a um caso ocorrido em França em 2016.

Também segundo a presidência, Macron pediu à ministra da Justiça, Nicole Belloubet, de avaliar o processo de Adama Traoré, que morreu em 2016 na esquadra de Persan, na região de Paris, duas horas depois de ter sido detido, e se tornou um símbolo dos manifestantes.

"No contexto da emoção suscitada pela morte de George Floyd nos Estados Unidos, uma parte da comunidade nacional protesta contra o racismo e põe em causa a ação das forças de segurança. Queremos responder a essa revolta com transparência e ações", disse fonte do gabinete do primeiro-ministro à agência AFP.

Além dos membros do Governo, Emmanuel Macron consultou durante o fim de semana políticos e representantes de associações de Paris.

A Inspeção Geral da Polícia Nacional (IGPN), a "polícia da polícias" francesa, divulgou hoje que em 2019 recebeu um número sem precedente de inquéritos judiciais (1.460), mais de metade dos quais (868) relativos a acusações de violência policial.

Vários desses processos relacionam-se com o movimento dos Coletes Amarelos, que promoveu manifestações semanais entre o final de 2018 e o princípio de 2019, com vários manifestantes feridos ou mutilados devido ao uso de balas de borracha e das chamadas granadas de dispersão ('sting-ball, em inglês) pela polícia.

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