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Miguel, o menino que caiu do 9.º andar de um prédio no Brasil

O menino de cinco anos chegou ao 9.º andar depois de ter andado de elevador sozinho, numa altura em que estava aos cuidados da patroa da mãe.

Miguel, o menino que caiu do 9.º andar de um prédio no Brasil
Notícias ao Minuto

21:00 - 05/06/20 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

O pequeno Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, morreu na passada terça-feira, após cair do 9.º andar de um prédio no Recife. O caso está a chocar o Brasil, já que o menino, filho de uma empregada doméstica, andou de elevador sozinho, numa altura em que estava aos cuidados da patroa da mãe.

Mirtes Renata Souza, a mãe do menino, decidiu levá-lo para o trabalho porque as creches e as escolas no Brasil estão encerradas devido à pandemia do novo coronavírus. Pese embora o serviço doméstico não seja considerado essencial no contexto do surto, como revela a imprensa internacional, Mirtes continuava a trabalhar.

Durante a manhã de terça-feira, o pequeno Miguel brincou com a filha dos patrões no interior do apartamento, que fica no quinto andar de um prédio de luxo no centro do Recife. O desastre acabou por acontecer na altura em que Mirtes Renata teve de descer para levar o cão de estimação dos patrões à rua. Como detalha o G1, a empregada doméstica alega ter avisado a patroa que não levaria as crianças consigo.

Durante a investigação do caso, a polícia civil revelou que o menino quis ir ter com a mãe e a patroa, Sari Corte Real, que fazia a manicure com uma profissional, deixou que Miguel entrasse sozinho no elevador. Nas imagens divulgadas pelas autoridades - que pode ver aqui - a criança entra no elevador e a patroa da mãe clica num botão e sai.

Neste ponto, refira-se, há alguma controvérsia. Alguns meios de comunicação revelam que Sari carregou num dos botões que dava acesso e um dos pisos mais altos do prédio. Sari, por sua vez, nega que tenha chegado a carregar no botão e diz mesmo que o vai provar na justiça. O pequeno Miguel também é visto nas imagens a carregar em botões do elevador. 

O menino não sai na primeira vez em que as portas abrem, mas sai na segunda vez, no 9.ª andar. Uma vez no local, a criança foi até à área das máquinas de ar-condicionado, escalou uma grade e caiu de uma altura de 35 metros. Uma das peças da grade, que se partiu, ficou com a marca dos pés de Miguel.

Depois de passear o cão, Mirtes passou pela portaria do prédio para levantar uma encomenda e acabou por ouvir que uma pessoa tinha caído. Correu para ver o que tinha acontecido e percebeu que se tratava do filho.

Em entrevista à Globo, a mãe revelou que o menino ainda estava com vida quando chegou até ele. Um médico que reside no prédio prestou os primeiros socorros e revelou que o menino precisava de ser socorrido com urgência.  Mas o óbito de Miguel viria a ser declarado já na unidade hospitalar.

A patroa, Sari Corte Real, chegou a ser detida na noite de terça-feira por suspeita de homicídio culposo, uma figura jurídica em que se considera que o acusado não teve intenção de matar, mas que é culpado pelo facto. A mulher pagou a fiança no valor de 20 mil reais (cerca de 3.500 euros) e vai responder ao processo em liberdade.

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