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Forças do GAN tomam último feudo de Haftar na zona oeste

As forças do governo de acordo nacional (GAN) da Líbia anunciaram hoje ter tomado o controlo da cidade de Tarhuna, último feudo das forças rivais do marechal Khalifa Haftar no oeste do país em guerra.

Forças do GAN tomam último feudo de Haftar na zona oeste
Notícias ao Minuto

11:34 - 05/06/20 por Lusa

Mundo Líbia

"As nossas forças heroicas alargaram o seu controlo a toda a cidade de Tarhuna" e "aniquilaram as milícias terroristas de Haftar", indicou o porta-voz das forças pró-GAN, Mohamad Gnunu, num breve comunicado divulgado na rede social Facebook.

Na quinta-feira, Mohamad al-Gammudi, um dos comandantes das forças destacadas na frente de Tripoli, tinha declarado que o "regresso" de Tarhuna "ao governo legítimo" era "uma simples questão de tempo".

Grupos armados de Tarhuna, cidade situada a cerca de 80 quilómetros a sul de Tripoli, tinham-se juntado às fileiras do marechal Haftar quando este lançou em abril de 2019 uma ofensiva para tomar o controlo da capital, sede do GAN, reconhecido pela ONU.

Media líbios mostravam hoje o destacamento das forças pró-GAN no interior da cidade.

Até ao momento, nem o campo de Haftar nem as autoridades locais de Tarhuna reagiram ao anúncio dos pró-GAN.

Após mais de um ano de combates, o GAN afirmou na quinta-feira ter recuperado o controlo de toda a cidade de Tripoli e subúrbios e o primeiro-ministro, Fayez al-Sarraj, declarou-se determinado a reconquistar o país inteiro, após uma série de reveses do marechal Haftar.

Este último afirmou, no entanto, que se tratou de uma "redistribuição" das suas forças fora de Tripoli.

O anúncio ocorre após vários sucessos das tropas do GAN, entidade sediada na capital e reconhecida pela ONU, entre os quais a recuperação do aeroporto internacional na quarta-feira, que estava nas mãos dos pró-Haftar desde abril de 2019.

O conflito entre os dois lados exacerbou-se devido a ingerências estrangeiras. Haftar conta com a ajuda dos Emirados Árabes Unidos e da Rússia, enquanto o GAN é apoiado pela Turquia.

Na quarta-feira, a ONU anunciou o reinício das negociações entre os beligerantes líbios, suspensas há mais de três meses. Todas as anteriores tentativas de se conseguir um cessar-fogo duradouro falharam.

A Líbia mergulhou no caos após a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.

Desde abril de 2019, centenas de pessoas, incluindo numerosos civis, foram mortos nos combates da ofensiva a Tripoli e cerca de 200.000 foram obrigados a fugir.

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