Segundo uma declaração do Congresso Nacional Africano (ANC), o Presidente Cyril Ramaphosa vai oficializar hoje à noite o lançamento da campanha que apela a que as pessoas usem o preto às sextas-feiras, em solidariedade.
A campanha pretende também chamar a atenção para as "mortes de cidadãos às mãos das forças de segurança" na África do Sul, que continua a ser um dos países mais desiguais do mundo, um quarto de século após o fim do sistema racista do apartheid.
"O demónio do racismo continua a ser um flagelo para a alma da nossa nação", lê-se na declaração do ANC.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.