Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 21º

Mais de 10 mil manifestam-se em Viena contra a brutalidade policial

Mais de 10 mil pessoas, a maioria jovens, manifestaram-se hoje em Viena, na Áustria, juntando-se à mobilização internacional contra o racismo e a brutalidade policial e na denúncia à morte do afro-americano George Floyd.

Mais de 10 mil manifestam-se em Viena contra a brutalidade policial
Notícias ao Minuto

19:11 - 04/06/20 por Lusa

Mundo George Floyd

Segundo vários participantes questionados pela agência France-Presse, o evento foi um dos maiores encontros na cidade nos últimos anos, com a polícia a confirmar que se tratava de "uma grande multidão" de, pelo menos, 10.000 pessoas, enquanto aguardam pela avaliação final.

"O racismo sistemático está presente em todo o mundo, também na Áustria. Devemos parar com isso", afirmou Katharina Kohl, estudante de 21 anos, com uma placa na qual se lia "o ódio não é uma opinião".

"É importante agir, porque simplesmente não se pode continuar assim", declarou Richard, um editor de 45 anos.

A densidade da multidão estava longe de permitir o respeito pela distância de segurança, mas muitos manifestantes usavam máscaras, para impedir a propagação do novo coronavírus.

"Silêncio = aprovação" e "silêncio dos brancos = violência dos brancos" podia ser lido em alguns cartazes e noutros lia-se a palavra de ordem contra a brutalidade policial "Black Lives Matter" (As vidas dos negros importam).

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante quase nove minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Pelo menos nove mil pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, já ameaçou mobilizar os militares para pôr fim aos distúrbios nas ruas.

Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.

Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório