Hospital diz que doente está melhor, dias após avisar que estava morto
Mulher queixa-se da forma de atuação do hospital.
© Reprodução ABC.es
Mundo Covid-19
No dia 8 de março, José Padilla, de 60 anos, foi internado no hospital Clínico Virgen de las Nieves de Granada, em Espanha, para receber um transplante de rim.
Onze dias depois, a mulher do homem recebeu uma chamada dando conta de que o seu estado de saúde piorara e ia ser transferido para a Unidade de Cuidados Intensivos. Acreditava-se que tinha contraído o novo coronavírus e acabou por ter de ser entubado.
Dia 25 de março, comunicaram-lhe que o marido tinha morrido.
Carmen, que por esta altura também estava internada noutro hospital com Covid-19, pediu ao filho que fosse reconhecer o corpo, uma vez que ela não podia. Contudo, e devido às restrições impostas pela pandemia, o filho não pôde entrar no hospital para fazer o reconhecimento do corpo.
Dois dias depois, Carmen recebeu a última chamada que esperava. Ligaram-lhe do hospital a dar conta de que o marido estava a reagir bem à medicação e estava melhor.
"Como assim? Mas o meu marido não morreu?", questionou a mulher, que por esta altura já não sabia em quem acreditar.
Carmen, que pertence à Plataforma de Familiares das Vítimas da Covid-19, diz que toda a forma de procedimento do hospital deixou muito a desejar e ainda hoje não tem a certeza de qual foi a causa de morte do marido.
Segundo a mesma, apenas lhe entregaram uma certidão de óbito sem revelar a causa do óbito, e não lhe foram devolvidos todos os pertences do marido, entre os quais um relógio de família, de grande valor sentimental.
O ABC. es tentou entrar em contacto com o hospital para obter uma resposta a estas acusações, mas não obteve nenhuma reação até ao momento.
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