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PR de Cabo Verde pede à população para não facilitar a vida ao vírus

O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, considerou hoje que não se pode "afrouxar", independentemente do estado em que o país se encontra, pediu responsabilidade e não quer facilitar a vida ao novo coronavírus. 

PR de Cabo Verde pede à população para não facilitar a vida ao vírus
Notícias ao Minuto

16:12 - 03/06/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Não se pode afrouxar, seja qual for o 'estado' em que nos encontramos, na determinação e no sentido de responsabilidade na luta contra a epidemia da covid-19, sob pena de sermos forçados a recuar, a dar passos atrás. Não facilitemos a vida ao novo coronavírus", pediu o chefe de Estado, numa mensagem publicada na sua página oficial na rede social Facebook

Jorge Carlos Fonseca fez o pedido cinco dias após a ilha de Santiago deixar de estar em estado de emergência, e numa altura em que várias outras autoridades do país têm pedido responsabilidade às pessoas e alertado para o cumprimento das medidas ainda em vigor para conter a propagação do novo coronavírus no país. 

Na segunda-feira, o diretor nacional de Saúde, Artur Correia, alertou para o abuso no desconfinamento, com aglomerações e convívios após o estado de emergência, e pediu maior responsabilidade e mudança de comportamento em relação às medidas preventivas da pandemia

A presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Mendonça, também chamou a atenção para algum relaxamento das medidas de prevenção, com registo de aglomerações em praias e mar e festas. 

A responsável do INSP notou que em alguns países que levantaram o estado de emergência houve aumento do número de casos, tendo inclusive alguns regressado a esse estado de exceção em alguns bairros. 

"Mas nós não queremos que isso venha a acontecer em Cabo Verde. É normal que as pessoas estejam ansiosas para sair, mas mesmo que a situação esteja estável, todos os dias estamos a diagnosticar casos", sublinhou. 

Na terça-feira, as autoridades marítimas e de saúde apelaram ao "cumprimento rigoroso" das regras de acesso e frequência das zonas marítimas balneares e ameaçaram voltar a interditar as praias em São Vicente para prevenir o contágio da covid-19. 

O alerta foi feito pelo Instituto Marítimo Portuário e a Delegacia de Saúde de São Vicente, após registo de grande afluência às praias da ilha de São Vicente durante o fim de semana, sem que praticamente todas as regras de segurança e sanitárias fossem respeitadas.

Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da Proteção Civil de Cabo Verde, Renaldo Rodrigues, disse que, além da exigência das autoridades, os cidadãos devem ter responsabilidade e redobrar as medidas de segurança na cidade da Praia, o foco da covid-19 no país. 

"Estamos numa fase em que já saímos do estado de emergência, mas ainda há algumas restrições. Estamos numa fase em que, para além das exigências das autoridades, também requer uma cerca responsabilidade por parte das pessoas", pediu Renaldo Rodrigues. 

Cabo Verde regista um acumulado de 477 casos de covid-19, distribuídos pelas ilhas de Santiago (412), Boa Vista (56), São Vicente (04) e Sal (04). 

Do total, registaram-se cinco óbitos, dois doentes foram transferidos e 238 são considerados curados da doença, e o país tem neste momento 232 doentes internados nos isolamentos institucionais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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