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Síria: Nova série de sanções dos EUA é "terrorismo económico"

O Governo da Síria condenou hoje uma nova série de sanções dos Estados Unidos contra o país, classificando as medidas de "terrorismo económico" e alertando que aumentarão o sofrimento do povo sírio.

Síria: Nova série de sanções dos EUA é "terrorismo económico"
Notícias ao Minuto

15:22 - 03/06/20 por Lusa

Mundo Síria

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros considera que a designada Caesar - Lei de Proteção Civil para a Síria, que entra em vigor este mês, se baseia em "mentiras e reivindicações fabricadas por inimigos do povo sírio".

A legislação, apoiada por republicanos e democratas, prevê sanções contra militares sírios e outros responsáveis por atrocidades cometidas durante a guerra civil e financiamento para investigações e processos sobre crimes de guerra.

Caesar é o nome de código de um fotógrafo forense sírio que tirou milhares de fotografias de vítimas de tortura e outros abusos e conseguiu fazê-las sair do país.

As imagens, captadas entre 2011 e 2013, foram entregues a defensores de direitos humanos e mostram a repressão brutal do regime de Bashar al-Assad.

A lei, que também prevê sanções para os que apoiaram os "esforços militares do regime de Assad" na guerra, vem juntar-se a outras medidas sancionatórias de Washington contra o Presidente sírio e seus aliados.

As sanções norte-americanas são "uma violação flagrante dos direitos humanos e das leis internacionais", indica o comunicado, assinalando que, numa altura em que o mundo se une na luta contra o novo coronavírus, "a administração norte-americana ... continua a política de hegemonia e arrogância na arena internacional".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio promete enfrentar a lei Caesar e insta a comunidade internacional a trabalhar para acabar com todas "as ilegítimas sanções unilaterais".

A economia da Síria enfrenta uma grave crise, com o dólar a valer agora 1.800 libras sírias, quando antes de a guerra ser desencadeada, em março de 2011, valia 47 libras.

Desde o início da guerra já morreram mais de 380.000 pessoas e milhões foram obrigados a fugir das suas casas.

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