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Pelosi pede a Trump que não "atice as chamas" com a Bíblia na mão

A presidente da Câmara dos representantes dos EUA, Nancy Pelosi, exigiu hoje ao Presidente Donald Trump que seja o "curador em chefe" e não "atiçe as chamas", ao criticá-lo pela leitura de passagens da Bíblia em plenos protestos no país.

Pelosi pede a Trump que não "atice as chamas" com a Bíblia na mão
Notícias ao Minuto

19:24 - 02/06/20 por Lusa

Mundo Nancy Pelosi

"Um tempo para curar, o livro de Eclesiastes", disse Pelosi em plena leitura do livro no Capitólio.

A líder democrata, que já protagonizou diversos confrontos verbais com Trump, indicou esperar que o Presidente seja "o curador em chefe" e não contribua para "atiçar as chamas".

"Temos tido no papel de Presidente dos Estados Unidos, no papel de comandante-em-chefe, uma pessoa que tem a responsabilidade de curar", acrescentou Pelosi.

Pouco antes da entrada em vigor do recolher obrigatório em Washington na segunda-feira, a polícia interveio com disparos de granadas de gás lacrimogéneo e expulsou os manifestantes de Lafayette Square, o parque situado frente à Casa Branca, para que o Presidente, rodeado por alguns assessores, o atravessasse em direção à igreja episcopal de Saint John, onde desde o século XIX têm rezado todos os chefes de Estado norte-americanos.

Trump, que prometeu uma ação determinada contra os "saqueadores", pousou para as câmaras com uma Bíblia na mão junto à fachada da igreja, em cujo sótão deflagrou no domingo um incêndio no decurso dos fortes protestos pela morte violenta do afro-americano George Floyd, por um polícia branco, na cidade de Minnesota, em 25 de maio.

A decisão do Presidente foi amplamente criticada no país devido à utilização política do livro religioso, e pelas cargas policiais e o lançamento de gás lacrimogéneo por parte das forças policiais para permitir que Trump se deslocasse à igreja.

Os Estados Unidos assistem a protestos em massa de leste a oeste do país contra a brutalidade policial, que têm decorrido em mais de 70 cidades, na sequência da morte de George Floy, que uma autópsia independente já confirmou ter sucumbido por asfixia quando um polícia branco, com o apoio de três outros polícias, lhe pressionou o pescoço com o joelho durante vários minutos, após ter sido algemado e imobilizado no chão.

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