França e Alemanha criticam impasse na nomeação de enviada da ONU
A França e a Alemanha denunciaram na segunda-feira, sem nomear, os EUA que bloqueiam há semanas a nomeação de uma ganesa para o posto de enviado da ONU para a Líbia, que está vago há mais de três meses.
© Reuters
Mundo Líbia
"Não fizemos qualquer progresso" a este propósito desde a proposta de dois nomes feita pelo secretário-geral, António Guterres, indicou o embaixador francês na Organização das Nações Unidas, Nicolas de Rivière, durante uma videoconferência conjunta com o seu homólogo alemão.
"O primeiro (nome) foi rejeitado e ainda não há acordo quanto ao segundo. É verdadeiramente doloroso", apesar de haver "urgência agora" com "uma situação na Líbia muito má", acrescentou.
Depois da demissão, ocorrida em 02 março por "razões de saúde", do libanês Ghassan Salamé, o chefe da ONU propôs o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros argelino Ramtane Lamamra, mas Washington vetou a nomeação, sem adiantar motivo.
Mais recentemente, segundo diplomatas, Guterres submeteu ao Conselho de Segurança o nome de uma ex-ministra do Gana, Hanna Serwaa Tetteh, de 53 anos, que é desde 2018 a representante da ONU na União Africana.
"É realmente negativo que neste momento a nomeação de um sucessor de Ghassan Salamé esteja bloqueada", acrescentou o embaixador alemão na ONU, Christoph Heusgen.
Na Líbia, "não há solução militar, só pode haver uma solução política", pelo que "ao bloquearem um acordo sobre a proposta do secretário-geral, os autores têm uma pesada responsabilidade", adiantou.
Segundo um diplomata, que se expressou sob anonimato, "os EUA têm condicionado uma nomeação a uma divisão da função", com um mediador político e um chefe de missão.
E isto, apesar de "todos estarem de acordo" com a escolha da ex-ministra para os dois papéis", acrescentou, em declarações à AFP.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com