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Irão disposto a enviar combustível para a Venezuela apesar de pressões

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão anunciou hoje que o país enviará mais carregamentos de combustível para a Venezuela se o governo de Caracas o pedir, apesar das pressões dos Estados Unidos para evitar este comércio.

Irão disposto a enviar combustível para a Venezuela apesar de pressões
Notícias ao Minuto

13:37 - 01/06/20 por Lusa

Mundo Venezuela

A Venezuela recebeu no dia 23 o primeiro de cinco carregamentos de combustível do Irão, ao abrigo da cooperação bilateral entre os países para dar resposta à escassez local de gasolina.

"Se o governo venezuelano pedir um novo carregamento, iremos enviá-lo", afirmou o porta-voz daquele ministério, Abbas Mussavi, ao ser questionado sobre o assunto numa conferência de imprensa.

Mussavi insistiu que o negócio entre o Irão e a Venezuela é "legítimo" e que os dois países estão "sob sanções unilaterais e cruéis dos Estados Unidos que nenhum país está obrigado a cumprir".

"Os dois países têm direito a um comércio livre, mas como os norte-americanos estão acostumados ao unilateralismo não o aceitam", adiantou.

O Irão já enviou cinco navios com 245 milhões de litros de combustível para a Venezuela, no que foi, segundo a imprensa local, a primeira vez que Teerão exportou gasolina para um país da América Latina.

Na altura, os Estados Unidos acusaram o Irão e a Venezuela de negociarem gasolina em troca de ouro extraído ilegalmente do território venezuelano e terão alertado governos, portos, transportadoras e seguradoras para eventuais problemas se ajudassem os petroleiros iranianos.

O governo venezuelano de Nicolas Maduro denunciou na ONU as alegadas ameaças de Washington aos navios iranianos e o Presidente iraniano, Hassan Rohani, avisou os Estados Unidos de que poderiam ter problemas se os petroleiros do Irão sofressem algum transtorno na região das Caraíbas.

A Venezuela regista uma queda na produção de petróleo e de derivados devido aos problemas que paralisam várias das suas refinarias, afetadas pelas sanções e por falta de investimento.

A escassez de gasolina na Venezuela levou à paralisação de vários setores e obrigou milhares de motoristas a ficaram dias em filas em postos de combustível de todo o país.

O setor energético iraniano também está debilitado devido às sanções reimpostas pelos Estados Unidos em 2018, quando o presidente Donald Trump abandonou unilateralmente o acordo internacional sobre o nuclear com o Irão concluído em 2015.

O Irão e a Venezuela mantêm uma relação próxima desde a época do dirigente Hugo Chávez (1999-2013), cimentada numa oposição aos Estados Unidos.

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