Na sua primeira intervenção no cargo, Mohammad-Bagher Ghalibaf referiu que o novo Parlamento, saído das eleições realizadas em fevereiro, "entende que negociar e disputar a paz com os Estados Unidos, eixo da arrogância global, seria inútil e prejudicial".
"A nossa estratégia contra a América terrorista é acabar de vingar o sangue do mártir Soleimani", referiu, num discurso transmitido pela televisão e citado pela agência AFP.
Segundo Mohammad-Bagher Ghalibaf tal poderá ser conseguido através da "expulsão total do exército terroristas dos Estados Unidos da nossa região".
Mohammad-Bagher Ghalibaf referia-se ao general iraniano Qassem Soleimani, comandante da Força Quds, uma unidade especial dos Guardas da Revolução, a guarda ideológica do regime iraniano, morto em janeiro por um drone norte-americano.
As tensões entre Teerão e Washington começaram a aumentar depois da saída unilateral dos Estados Unidos da América, em maio de 2018, do acordo nuclear internacional assinado em 2015, e imposição de sanções sobre o Irão pelos EUA.
A escalada das pensões atingiu um pico em janeiro com a morte do general Soleimani.
Durante o seu discurso, Mohammad-Bagher Ghalibaf apelou a um reforço das relações com os países vizinhos do Irão e "as grandes potências que sempre foram amigas mesmo em tempos difíceis" compartilhando "importantes relações estratégias", sem as nomear.
Antigo presidente da câmara de Teerão, Mohammad-Bagher Ghalibaf foi eleito em 28 de maio para o cargo de presidente do Parlamento iraniano, consolidando o poder dos conservadores a um ano das eleições presidenciais no país.
De acordo com a televisão estatal, Ghalibaf, 58 anos, alcançou 230 votos dos 267 deputados, conseguindo ser eleito para um dos cargos mais influentes da República Islâmica.