Tunísia volta a prolongar estado de emergência imposto desde 2015
O Presidente da Tunísia, Kaies Saied, anunciou na sexta-feira uma nova extensão de seis meses do estado de emergência, em vigor desde o ataque 'jihadista' que em 2015 provocou a morte a 12 membros da Guarda Presidencial.
© Reuters
Mundo Tunísia
O anúncio ocorre um dia após o Governo ter informado sobre a reabertura do país ao turismo com uma série de medidas de segurança para prevenir infeções pelo novo coronavírus, que o setor, vital na economia da Tunísia, terá de aceitar e implementar antes do início da terceira fase de desconfinamento, em 04 de junho.
Segundo o responsável pelo turismo tunisino, Nabil Bziouech, o protocolo de saúde, que deve ser assinado e aplicado pelos estabelecimentos turísticos, tranquilizará tanto os operadores como os turistas.
O referido protocolo foi desenvolvido para recuperar o turismo local, mas também se aplicará a países vizinhos como a Argélia que, no ano passado, contribuiu com três dos nove milhões de visitantes, e terá três semanas adicionais para ser adaptado à chegada de turistas internacionais.
A proclamação do estado de emergência na Tunísia é uma prerrogativa concedida aos chefes de Estado tunisinos desde 1978 e que foi utilizada durante a ditadura.
A medida foi recuperada pelo anterior Presidente, Beji Caid Essebsi, após uma série de atentados que atingiram a cidade de Tunes, em 2015, conferindo ao poder executivo amplos poderes que suprimem as liberdades de expressão, reunião, associação e movimento.
A Amnistia Internacional já instou o atual chefe de Estado, Kais Saied, a pôr fim de forma urgente a abusos cometidos pelas forças de segurança e a terminar com o estado de, mas até ao momento o pedido não obteve a resposta pretendida.
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