Berlim encerra hotel instalado na embaixada da Coreia do Norte
As autoridades de Berlim comunicaram hoje o encerramento do hotel instalado na embaixada da Coreia do Norte após vários anos de conflito administrativo devido às sanções da ONU ao regime de Pyongyang.
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Mundo Coreia do Norte
"O negócio foi cancelado", anunciou o município do distrito de Mitte, onde está instalado o edifício, junto à representação diplomática desse país.
O litígio entre o estabelecimento hoteleiro e o governo regional da cidade iniciou-se em 2017, devido às sanções impostas pela ONU contra a Coreia do Norte.
Em todo o território da União Europeia (UE), entre outras medidas, estão proibidos os negócios imobiliários que possam implicar divisas para Pyongyang e, indiretamente, favorecer o seu programa nuclear.
As autoridades de Mitte retiraram a licença de exploração, mas a direção do hotel recorreu perante o tribunal administrativo berlinense. Esta instância rejeitou o pedido em finais de janeiro, seguindo-se diversas iniciativas judiciais até à decisão final.
A questão afetou as relações entre as autoridades do distrito berlinense e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que pressionava por uma solução rápida face a um problema delicado que afetava a posição da Alemanha na ONU.
O estabelecimento hoteleiro está situado num local central do antigo setor oriental nas décadas em que Berlim estava dividida pelo muro (entre 1963 e 1989).
A zona é muito frequentada por turistas, ao situar-se perto dos edifícios governamentais e dos pontos mais emblemáticos da capital, incluindo a Porta de Brandeburgo, zonas comerciais, museus e outros locais considerados de interesse.
Os preços do alojamento eram muito económicos, a partir de 25 euros por pessoa, de acordo com o tipo de habitação. Devido a estas ofertas tornou-se popular entre os mais jovens, sob a designação de 'City Hostel'.
O estabelecimento esteve integrado nas dependências da Alemanha de Leste (ex-RDA) e servia de alojamento às visitas e delegações oficiais norte-coreanas.
A partir de 2007 a embaixada alugou-o a uma empresa hoteleira que opera sob a designação de City Hostel, e que era considerada como uma fonte de financiamento indireto para o regime norte-coreano.
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