Sete médicos e um trabalhador local sequestrados e mortos na Somália
Sete médicos de uma organização não-governamental (ONG) da Somália e um residente local foram encontrados mortos após terem sido sequestrados a alguns quilómetros a norte de Mogadíscio, informaram hoje a ONG e as Nações Unidas.
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Mundo Somália
"Foram encontrados os corpos de sete membros da nossa equipa e de um residente local que foram raptados na quarta-feira do Centro de Saúde de Gololey, gerido pela ONG Zamzam, no distrito de Bal'ad", revelou a organização, num comunicado, divulgado nas redes sociais.
Adam Abdelmoula, representante adjunto do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na Somália, confirmou o incidente e acrescentou que "as informações preliminares indicam que sofreram mortes brutais".
"Os ataques contra edifícios e pessoal médico são inaceitáveis e violam o direito humanitário internacional e qualquer tipo de decência", afirmou Abdelmoula.
O Governo da Somália, através do Ministério da Informação, pediu uma investigação aos acontecimentos e "a detenção dos responsáveis pelo massacre".
As vítimas foram sequestradas, na quarta-feira, em Bal'ad, a 30 quilómetros de Mogadíscio, e os seus corpos foram encontrados, na quinta-feira, em Gololay, onde se situa o centro de saúde onde trabalhavam.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelas mortes, numa região alvo frequente de ataques do grupo 'jihadista' Al-Shabab, que controla grande parte das zonas rurais e algumas cidades do centro e do sul da Somália, onde luta para impor um Estado islâmico ultraconservador.
A Somália vive em conflito e caos desde 1991, quando Mohamed Siad Barré foi derrubado, deixando o país sem governo e nas mãos de milícias e senhores da guerra.
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