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Berlim convida embaixador russo a explicar-se sobre ciberataque

A Alemanha convidou hoje o embaixador russo a explicar-se sobre um ciberataque em 2015 contra a câmara dos deputados (Bundestag) e os serviços da chanceler Angela Merkel, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Berlim convida embaixador russo a explicar-se sobre ciberataque
Notícias ao Minuto

14:12 - 28/05/20 por Lusa

Mundo Ciberataque

Há "fortes indícios" de que esse ataque cibernético há cinco anos foi realizado por um suspeito que pertencia na altura ao "serviço de informações militares" russo GRU, adianta o ministério num comunicado.

Adverte que o ciberataque pode levar a sanções da União Europeia.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Miguel Berger, "convidou" o embaixador russo em Berlim, Sergei Netschajew, para falar sobre o ciberataque.

Além do ciberataque ao parlamento, os 'hackers' (piratas informáticos) obtiveram ainda dados pessoais a partir de um endereço de correio eletrónico da chanceler num período entre 2012 e 2015.

Merkel lamentou a 13 de maio as tentativas "escandalosas" de pirataria russa de que foi alvo em 2015 e garantiu dispor de "provas tangíveis" desses atos.

A pedido da procuradoria federal alemã, foi emitido recentemente um mandado de detenção contra um presumível pirata informático, Dimitri Badin, também procurado pelo FBI (polícia federal norte-americana), segundo a revista semanal alemã Der Spiegel.

Badin é suspeito de ter participado em atos de pirataria da campanha democrata durante as presidenciais de 2016 nos Estados Unidos e contra a Organização para a Interdição das Armas Químicas.

O governo alemão indicou que "avalia igualmente o incidente no quadro do inquérito em curso sobre o designado assassínio de Tiergarten e que se reserva o direito de tomar outras medidas".

Este caso diz respeito ao assassínio no verão de 2019 em pleno centro de Berlim de um georgiano de origem chechena. Um suspeito, que entrou na Alemanha com papéis falsos e está detido provisoriamente, também estará ligado aos serviços secretos russos.

Na quarta-feira à noite, Angela Merkel acusou Moscovo de "apoiar regimes fantoches em certas partes do leste da Ucrânia e de atacar as democracias ocidentais, incluindo a Alemanha, com meios híbridos".

Juntamente com outros dossiers geopolíticos, a relação com a Rússia deve "ocupar" a presidência alemã da União Europeia a partir de 1 de julho, alertou Merkel.

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