Morreu juiz que presidiu a julgamento de chefe de gabinete do PR do Congo
O magistrado que presidiu ao julgamento de Vital Kamerhe, figura central da vida política da República Democrática do Congo, julgado por desvio de fundos, morreu subitamente durante a noite de terça-feira para hoje em Kinshasa, divulgou a polícia.
© Reuters
Mundo Congo
"Por volta das 2h00 (1h00 em Lisboa), teve desmaios e foi levado para o Centro Hospitalar Nganda. Morreu de ataque cardíaco", disse à agência AFP um agente da polícia de Kinshasa, Miguel Bagaya.
"Há algumas escaramuças perto da sua residência. Os jovens do bairro têm tentado causar desordem na rua, mas a polícia está a intervir", acrescentou.
O juiz de 50 anos de idade presidiu na segunda-feira à segunda audiência do julgamento de Kamerhe, chefe de gabinete do Presidente Felix Tshisekedi da República Democrática do Congo e seu principal aliado na conquista do poder no final de 2018 - início de 2019.
Juntamente com dois coarguidos, Kamerhe está a ser julgado pelo alegado desvio de cerca de 50 milhões de dólares de fundos públicos destinados à construção de habitações sociais, 4.500 casas pré-fabricadas com materiais importados da Turquia.
O magistrado tinha suspendido o julgamento até 03 junho, depois de a audiência ter sido transmitida em direto na estação de televisão estatal RTNC.
A defesa, que reclama inocência, tinha pedido ao tribunal que convidasse várias testemunhas a depor, incluindo o Governador do banco central e vários ministros.
As duas primeiras audições tiveram lugar na prisão central de Makala, onde Kamerhe e um dos seus coarguidos, o empresário libanês Jammal Samih, se encontram detidos desde o início de abril.
O ativista pró-democracia Carbone Beni, cofundador do movimento de cidadãos Filimbi, reagiu a esta morte, afirmando: "Pode ser natural, mas quando acontece num momento delicado, torna-se muito suspeita na mesma".
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