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Operação antijihadista na fronteira entre Costa do Marfim e Burkina Faso

Os exércitos costa-marfinense e do Burkina Faso lançaram nos últimos dias uma operação conjunta no norte da Costa do Marfim para expulsar 'jihadistas', durante a qual foi confiscado diverso armamento, revelaram fontes ligadas à segurança dos dois países.

Operação antijihadista na fronteira entre Costa do Marfim e Burkina Faso
Notícias ao Minuto

16:44 - 23/05/20 por Lusa

Mundo Operação antijihadista

"Foi realizada uma operação nos últimos dias com o exército burquino para recolher informações" e "deslocar os 'jihadistas'" no norte da Costa do Marfim, adiantou uma fonte ligada ao exército costa-marfinense.

Segundo outra fonte, a operação -- que se desenrolou a nordeste da cidade de Ferkessedugu -- "correu bem" e teve "resultados".

"Numa iniciativa do exército costa-marfinense, decorreu uma operação antiterrorista durante vários dias junto à fronteira que permitiu confiscar armamento", explicou uma fonte próxima do exército burquino.

De acordo com esta fonte, "o Burkina Faso participou nessa operação com cerca de três dezenas de homens, especialmente ao longo da fronteira, de forma a impedir qualquer resposta da parte do inimigo".

Conforme acrescentou, "estão em vista outras operações, uma vez que é preciso defender aquela zona fronteiriça entre os dois países".

Um soldado burquino ferido durante a operação foi hospitalizado em Korhogo, no norte da Costa do Marfim, segundo indicou um militar burquino a um jornalista da agência noticiosa francesa AFP.

A presença de elementos 'jihadistas' a norte do Parque Nacional de Comoé, o maior dos parques e reservas da Costa do Marfim, tinha sido detetada há já mais de um ano. Segundo as fontes ligadas ao exército, tratava-se de 'jihadistas' que operavam no Burkina Faso e que procuraram refúgio do lado costa-marfinense da fronteira.

Os ataques de 'jihadistas' no Burkina Faso já fizeram perto de 900 mortos desde 2015.

Já a Costa do Marfim foi vítima, a 13 de março de 2016, de um ataque 'jihadista' em que os atacantes abriram fogo numa praia na cidade balnear de Grand-Bassam, a leste de Abidjan, fazendo 19 vítimas mortais. As autoridades afirmaram ter, desde então, já travado diversas outras tentativas de ataque.

Numerosos ataques jihadistas têm acontecido próximo da fronteira, mas sempre do lado burquino, nunca do lado costa-marfinense.

A zona fronteiriça, assim como a região nordeste da Costa do Marfim, são por isso áreas desaconselhadas aos viajantes pelo ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

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