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Bolsonaro diz em vídeo que quer armar população para evitar ditadura

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse, num vídeo divulgado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que quer armar a população para evitar a instauração de uma ditadura no Brasil.

Bolsonaro diz em vídeo que quer armar população para evitar ditadura
Notícias ao Minuto

23:52 - 22/05/20 por Lusa

Mundo Bolsonaro

"Como é fácil impor uma ditadura no Brasil, como é fácil. O povo está dentro de casa. Por isso eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme", afirmou Bolsonaro, dirigindo-se a dois dos seus ministros.

Na mesma gravação o chefe de Estado brasileiro quer a garantia de que não vai aparecer alguém no país "para impor uma ditadura", considerando ser fácil a imposição desse regime, bastando um prefeito fazer um decreto que deixe todas as pessoas "dentro de casa".

"Se tivesse armado, ia para a rua. Se eu fosse ditador, eu desarmava, como fizeram todos no passado, antes de impor a sua respetiva ditadura. (...) Eu peço ao Fernando [Azevedo e Silva, ministro da Defesa] e ao Moro [Sergio Moro, ex-ministro da Justiça] que, por favor, assine essa portaria hoje [22 de abril]", acrescentou.

Segundo a transcrição do vídeo divulgada pelo STF, Jair Bolsonaro pergunta: "Porque é que eu estou a armar o povo? Porque eu não quero uma ditadura. Não dá para segurar mais".

O STF brasileiro divulgou hoje o vídeo de uma reunião ministerial realizada em abril, no Palácio do Planalto, na capital do país, Brasília, apontada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova sobre a alegada interferência do Presidente, Jair Bolsonaro, na polícia.

Na decisão, o juiz do STF Celso de Mello publicou quase na íntegra quer o vídeo, quer a transcrição da reunião. Apenas não permitiu a divulgação das "poucas passagens do vídeo nas quais há referência a determinados Estados estrangeiros".

No vídeo destacam-se palavrões e injúrias por parte de Bolsonaro a ministros e a ameaça do Presidente Jair Bolsonaro de demissão "generalizada" a quem não adotasse a defesa de assuntos defendidos pelo Governo.

Em causa está a conversa gravada numa reunião de ministros, ocorrida na sede da Presidência, em Brasília, em 22 de abril, e que foi citada no depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil Sergio Moro, que acusa Bolsonaro de alegada interferência na Polícia Federal.

Na reunião, e de acordo com Moro, Bolsonaro teria exigido a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, para evitar uma investigação a familiares e aliados.

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