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Número de crianças em risco no Sahel subiu para 2,3 milhões

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que o aumento da violência e insegurança no Shael, juntamente com a pandemia de covid-19, colocou em risco 2,3 milhões de crianças no Burkina Faso, Mali e Níger.

Número de crianças em risco no Sahel subiu para 2,3 milhões
Notícias ao Minuto

17:25 - 22/05/20 por Lusa

Mundo UNICEF

"Num contexto de grande insegurança, as crianças são vítimas de abuso e de violência, de exploração sexual ou económica, de casamentos infantis e muitos outras são separadas à força das suas famílias e recrutadas por grupos armados", disse a diretora da Unicef para a África Ocidental e Central, Marie Pierre Poirrier, citada pela agência Efe.

Em comunicado, a Unicef afirmou que no Burkina Faso os menores em risco de sofrer algumas destas práticas multiplicou-se por 10, passando de 35.800 crianças em 2019 para 368 mil este ano, enquanto no Mali o número passa de um milhão e no Níger há mais de 867 mil crianças em risco.

A chegada da pandemia provocada pelo novo coronavírus a estes países, que registam 812 contaminações no Burkina Faso, 924 no Níger e 947 no Mali, provocou o fecho dos estabelecimentos de ensino e impediu 12 milhões de crianças de irem à escola, o que aumentou a crise de insegurança, alertou a Unicef.

"Quando as crianças não estão na escola, são mais vulneráveis ao recrutamento por parte dos grupos armados, à violência sexual e de género, ao trabalho infantil e a outras formas de exploração e de abusos", avisou a agência da ONU.

No Sahel, uma faixa no centro de África desde a Gâmbia, a oeste, até à Eritreia, no leste africano, há mais de 8 milhões de crianças entre os 6 e os 14 anos que já não iam à escola de forma regular antes da pandemia, por causa dos ataques terroristas que motivaram o fecho das escolas.

O Burkina Faso, o Mali e o Níger enfrentam frequentemente ataques armados de grupos terroristas próximos da Al Qaida ou do Estado Islâmico, para além de conflitos étnicos e uma grave insegurança alimentar, a que agora se junta a pandemia da covid-19.

Em África, há 3.089 mortos confirmados, com mais de 99 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.

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