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Estados Unidos admitem que golpe contra Maduro tenha sido encenado

Os Estados Unidos admitem que o recente fracassado golpe que procurou derrubar o regime venezuelano possa ter sido orquestrado pelo próprio Governo de Nicolas Maduro.

Estados Unidos admitem que golpe contra Maduro tenha sido encenado
Notícias ao Minuto

14:01 - 22/05/20 por Lusa

Mundo Venezuela

Nos passados dias 3 e 4, um grupo de mais de 50 mercenários, venezuelanos e norte-americanos, fracassou um ataque marítimo contra o regime do Presidente Nicolas Maduro, em que morreram pelo menos oito pessoas no confronto contra as forças armadas venezuelanas, segundo as autoridades de Caracas.

"Ainda estamos a apurar o que aconteceu. Mas não ficaria nada surpreendida se viermos a concluir que se tratou de uma encenação preparada pelo próprio Governo da Venezuela", disse hoje Carrie Filipetti, assistente adjunta da secção de negócios do hemisfério ocidental do Departamento de Estado norte-americano.

Carrie Filipetti repetiu a ideia já transmitida pelo Presidente Donald Trump de que os Estados Unidos nada tiveram a ver com esse ataque fracassado, apesar de ter envolvido ex-militares norte-americanos a soldo de uma empresa de segurança privada com sede em Miami, no estado da Florida.

"Tal como disse o Presidente e o secretário de Estado (Mike Pompeo), o Governo dos EUA não teve nem tem nenhum conhecimento sobre essa operação, a que somos totalmente alheios", disse Filipetti, numa videoconferência de imprensa que a Lusa acompanhou.

A responsável do Departamento de Estado diz que as autoridades norte-americanas estão a investigar o caso e estão convencidas de que a operação também não teve qualquer envolvimento da oposição ao Governo venezuelano, ao contrário do que tem sido defendido pelo regime de Caracas, que atribui o golpe a um acordo entre os Estados Unidos e o líder da oposição, Juan Guaidó.

"Há algumas questões que precisam de resposta. Quem pagou a operação? Quem pagou os meios militares que foram usados? Sabemos que não foi o Governo dos EUA e sabemos que não foi a oposição venezuelana", disse Carrie Filipetti.

O golpe está também a ser investigado pelas autoridades russas, que prometeram ao Presidente Nicolas Maduro todo o apoio na revelação das causas da operação militar fracassada.

Na passada semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse que os serviços secretos da Rússia e da Venezuela estão em contacto, após o fracassado golpe que procurou derrubar o regime de Nicolas Maduro, não descartando a hipótese de ajudar as autoridades venezuelanas a esclarecer o caso.

Os Estados Unidos estão convencidos de que tudo pode não ter passado de uma encenação encomendada pelo Governo de Nicolas Maduro e prometem também manter as investigações sobre a operação e trazer de volta dois ex-militares norte-americanos que foram detidos pelas autoridades venezuelanas, acusados de envolvimento no golpe.

"Tudo faremos para os ter de volta a casa", disse Trump, a propósito de dois ex-boinas verdes (membros de um corpo especial do exército dos EUA) que estão presos nos arredores de Caracas, mas insistindo em que o Governo dos EUA não participaram na invasão contra o regime de Maduro.

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