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Se França, Itália, Espanha e Portugal se unirem, "mudará a Europa"

Antigo primeiro-ministro italiano comentou a divisão entre os países do norte e do sul da Europa, no âmbito da pandemia do novo coronavírus.

Se França, Itália, Espanha e Portugal se unirem, "mudará a Europa"
Notícias ao Minuto

23:59 - 20/05/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Romano Prodi

O antigo presidente da Comissão Europeia Romano Prodi disse, numa entrevista ao La Vanguardia, que a união dos países do sul, conforme se verificou no último mês face às críticas por parte dos Países Baixos em relação ao apoio aos países mais afetados pela pandemia, poderá mudar o rumo da União Europeia.

Quando questionado pela jornalista sobre se se assistia, novamente, a uma divisão entre o norte e o sul da Europa, o antigo primeiro-ministro italiano disse que sim, mas que "o cenário mudou". 

"França, Itália e Espanha fizeram o mesmo jogo nas últimas semanas de forma excecional. Se se mantêm assim, mudará a Europa, porque estes três países representam metade da população, e se lhe juntarmos outros como Portugal... Isto não pode não ter consequências, porque não é um país sozinho, não é a Grécia", disse.

"Mas atenção, isto não significa ser-se anti-alemão, talvez um pouco mais anti-holandês, sim, mas anti-alemão não", acrescentou.

No entender de Romano Prodi, Espanha e Itália, mesmo que se unam, "são débeis", sendo por isso "importante que França se tenha juntado pela primeira vez".

Prodi não poupou críticas à administração holandesa: "Eu aceito lições de quem tem virtudes, mas dos Países Baixos, que se converteram no maior paraíso fiscal europeu, não aceito lições, era o que mais faltava".

O antigo governante, de 80 anos de idade, comentou ainda a postura de Itália face à pandemia. "Vi uma Itália que sofre, mas que se comportou como um país sério", disse. Admitindo que gerir uma coligação "causa sempre problemas", indicou, porém, que "um governo cai quando há alternativas". "E, neste momento, não as vejo. Se não se agravar a situação económica, não vejo uma crise iminente", disse. 

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