Subsídio para produtores de algodão em Moçambique é "marco histórico"

A Associação Algodoeira de Moçambique (AAM) considera que o subsídio aprovado pelo Governo para apoiar os pequenos produtores de algodão é um "marco histórico" na política agrária e económica do país.

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Lusa
14/05/2020 15:15 ‧ 14/05/2020 por Lusa

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A decisão é "um sinal real e indiscutível da aposta do Governo na agricultura e na população rural", lê-se num comunicado da AAM em reação ao subsídio ao preço do algodão, aprovado terça-feira pelo Conselho de Ministros.

O Governo anunciou que vai desembolsar cerca de 240 milhões de meticais (3,2 milhões de euros) para subsidiar pequenos agricultores de algodão no país, uma medida que visa proteger pouco mais de um milhão de pessoas nas zonas rurais em Moçambique que dependem da cadeia de valor deste setor.

"Não é um subsídio ao consumo, é sim um subsídio à produção e às famílias produtoras que tem no algodão uma importante fonte de sustento", referiu a nota da AAM.

Além do subsídio, o setor, que congrega perto de 250 mil famílias produtoras, vai beneficiar de novos preços mínimos de referência.

O algodão de caroço de primeira qualidade passa a custar, por quilograma, 25 meticais (33 cêntimos) contra os anteriores 23, enquanto que o algodão de segunda qualidade vai passar de 17 meticais para 18 meticais (24 cêntimos).

A associação prevê que na próxima campanha 2020/2021 tenha produtores mais motivados, o que "vai aumentar o valor das exportações em pelo menos 12 milhões de dólares [11 milhões de euros], três vezes mais o valor do subsídio".

Embora incentive a produção do algodão, o executivo moçambicano quer que as famílias desenvolvam outras culturas para evitar a dependência.

Dados oficiais indicam que anualmente o país produz entre 40 mil a 50 mil toneladas de algodão, sendo este o sétimo produto mais exportado.

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