Orban recusa debater situação política húngara no Parlamento Europeu
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse hoje que a gestão da pandemia de covid-19 o impede de aceitar o convite do Parlamento Europeu para um debate sobre as medidas controversas que tomou durante a crise sanitária.
© REUTERS/Bernadett Szabo
Mundo Hungria
Viktor Orban foi hoje convidado pelo presidente do Parlamento Europeu para um debate sobre o estado de emergência instaurado no seu país devido à atual pandemia e as suas repercussões nos direitos e liberdades fundamentais.
Horas depois, numa carta enviada a David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, Orban insistiu que seja a sua ministra da Justiça, Judit Varga, a falar em nome do Governo, noticiou hoje a agência estatal MTI.
Já antes o Parlamento Europeu tinha rejeitado ouvir Varga, alegando a prática estabelecida é que este género de matérias seja tratada com o chefe de Estado ou de Governo.
O Conselho e a Comissão Europeia devem apresentar na quinta-feira uma declaração sobre esta questão, que dará origem a um debate durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu, para discutir as medidas controversas de emergência aprovadas pelo Parlamento Húngaro.
As medidas foram delineadas pelo Governo de Orban, para conter a propagação do novo coronavírus, mas a oposição e várias organizações de defesa dos direitos humanos consideram que podem servir de instrumento de censura para silenciar as críticas ao regime do primeiro-ministro ultranacionalista.
No final de março, o parlamento húngaro adotou uma lei que permite ao primeiro-ministro nacionalista governar por decreto até nova ordem e no âmbito do estado de emergência que foi aprovado para enfrentar a pandemia de covid-19.
A Hungria regista 3.313 casos de contaminação com o novo coronavírus, incluindo 425 mortes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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