Combates entre separatistas e aliados do Governo recomeçam no Iémen
Os separatistas e as forças aliadas do Governo do Iémen retomaram hoje, pela primeira vez desde que os separatistas do sul proclamaram autonomia, em 26 de abril, os combates para reconquistar Zinjibar, a capital da província de Abyan.
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Mundo Iémen
Segundo um responsável militar dos separatistas, Nabil al-Hanachi, soldados controlados pelo partido islâmico Al-Islah - aliado do Governo - lançaram uma operação para retomar Zinjibar, no sul do Iémen.
Os separatistas conseguiram impedir o objetivo, tendo "muitos mortos e prisioneiros" nas forças pró-Governo, disse Nabil al-Hanachi à agência de notícias francesa AFP.
Não existe ainda nenhum balanço independente dos resultados dos confrontos.
Imagens da AFP em Zinjibar mostram um veículo blindado em chamas e combatentes separatistas a comemorar a "vitória".
Ativa desde 2014, a guerra no Iémen opõe os rebeldes Huthis - apoiados pelo Irão e que controlam o norte do país, incluindo a capital Sanaa - às forças do Governo, apoiadas militarmente, desde 2015, por uma coligação liderada pela Arábia Saudita.
O lado anti-Huthis conta, no entanto, com profundas divisões entre o Governo no exílio e um movimento separatista que exige autonomia do sul do Iémen, o Conselho de Transição do Sul (STC, na sigla em inglês).
O acordo entre o Governo e o STC foi assinado em 05 de novembro em Riad, depois de os separatistas terem assumido o controlo de Aden, a segunda cidade do país, localizada no sul, perto de Zinjibar.
Segundo fontes iemenitas e sauditas, este acordo previa a integração de membros do STC no Governo, em troca do retorno destes a Aden, mas nunca chegou a ser aplicado.
Milhares de pessoas, sobretudo civis, morreram desde 2014 no Iémen, país que sofre a pior crise humanitária do mundo, de acordo com as Nações Unidas.
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