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Supremo mandata Netanyahu para formar controverso governo de coligação

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi hoje formalmente mandatado para estabelecer um governo de coligação com o opositor Beny Gantz, depois de o Supremo Tribunal israelita validar o acordo firmado entre as duas partes.

Supremo mandata Netanyahu para formar controverso governo de coligação
Notícias ao Minuto

20:15 - 07/05/20 por Lusa

Mundo Israel

O Presidente, Reuven Rivlin, ratificou a nomeação de Netanyahu, apoiada por 72 deputados do parlamento e que o encarregou de criar um executivo, que será formalizado na próxima quarta-feira, dia 13 de maio.

O controverso acordo governamental será concretizado após a Câmara dos Deputados também emendar hoje a Lei Básica do país, para permitir um executivo com uma duração excecional de três anos e uma investidura conjunta na qual Netanyahu liderará o primeiro ano e meio e Gantz irá assumir automaticamente o segundo mandato com a mesma duração.

O Supremo Tribunal de Israel confirmou na quarta-feira que Benjamin Netanyahu poderia formar governo, apesar de ser processado judicialmente por corrupção e o seu julgamento ocorrer em 24 de maio - com acusações de crimes de suborno, fraude e quebra de confiança em três casos separados.

O veredito do Supremo Tribunal ocorreu depois de queixas de várias organizações civis, que exigiam que Netanyahu fosse impossibilitado de assumir funções devido às acusações que pendem sobre ele, pedindo ainda que o acordo de coligação com o opositor Benny Gantz, líder centrista do partido Azul e Branco, fosse anulado.

Se o Supremo Tribunal não tivesse aprovado o acordo de coligação, Israel ter-se-ia mantido no bloqueio político que se verifica há mais de um ano, após três eleições antecipadas consecutivas, a última em março.

Finalmente, Netanyahu irá manter-se como primeiro-ministro pelo quarto mandato consecutivo, o quinto na sua carreira política, apesar da sua situação judicial.

O acordo de coligação entre o Likud de Netanyahu, de direita, e o Azul e Branco, de Gantz, estabelece um gabinete de emergência nos primeiros seis meses, que só pode legislar sobre assuntos relacionados à pandemia de covid-19.

Ainda assim, inclui um ponto para iniciar o processo de anexação de parte do território palestiniano ocupado na Cisjordânia, conforme o programa político de Netanyahu, a partir de julho.

Israel tem mais de 16 mil casos de infetados pelo novo coronavírus e 239 mortes.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

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