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Síria: 11 membros das forças do regime mortos pelo Estado Islâmico

Pelo menos 11 membros das forças do regime sírio foram mortos hoje num ataque perpetrado pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) numa região desértica do país, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Síria: 11 membros das forças do regime mortos pelo Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

15:30 - 07/05/20 por Lusa

Mundo Síria

Segundo a OSDH, o ataque visou um comboio de veículos de transporte de soldados do exército e de combatentes de milícias sírias aliadas numa zona situada entre o leste da província de Homs e o sul da de Deir Ezzor.

Trata-se do segundo ataque de envergadura levado a cabo pelo EI contra o regime sírio em menos de um mês.

O ataque ocorreu um dia depois de as autoridades sírias anunciarem o adiamento das eleições legislativas, pela segunda vez em dois meses, como parte da luta contra a pandemia de covid-19.

"Como parte das medidas cautelares adotadas pelo Estado para combater o coronavírus", o Presidente Bashar al-Assad emitiu um decreto "a adiar as eleições dos membros da Assembleia Popular" para 19 de julho, anunciou a Presidência síria nas redes sociais.

As autoridades sírias já tinham adiado a data das eleições em março, inicialmente agendadas para 13 de abril, passando-as para 20 de maio.

Nas zonas sob controlo de Damasco, foram registados, até agora, 44 casos de infeção de covid-19, incluindo três mortes, enquanto no nordeste do país, dominado pelas forças curdas, o Governo anunciou a existência de três casos do novo coronavírus, dos quais um morreu.

Em março, as autoridades sírias tomaram medidas para conter a propagação da pandemia no país, já devastado por nove anos de guerra e uma economia frágil.

O recolher obrigatório ainda está em vigor, mas na semana passada as autoridades autorizaram a reabertura dos mercados durante o dia, bem como o regresso dos transportes públicos que ligam as cidades ao campo.

O Governo sírio decidiu na quarta-feira reabrir também as universidades e institutos a partir do final de maio e permitir que as mesquitas reabram a partir da próxima sexta-feira, "apenas para as orações de sexta-feira" e de acordo com as "regras de defesa da saúde".

No entanto, o Presidente sírio alertou, na segunda-feira, para uma "catástrofe" se o alívio das medidas de restrição for mal gerido.

As eleições legislativas planeadas para julho são a terceira votação organizada desde o início da guerra, em 2011.

O regime, ajudado pelos aliados russo e iraniano, conseguiu recuperar mais de 70% do território, mas algumas regiões ainda estão fora do seu controlo, incluindo a província de Idlib (noroeste), a última fortaleza 'jihadista', num conflito que matou mais de 380.000 pessoas.

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