Trump veta resolução que limitava poder militar nas decisões contra Irão
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou hoje uma resolução do Congresso norte-americano que limitava os poderes do chefe de Estado nas decisões militares contra o Irão, que tinha sido aprovada com o apoio de vários senadores republicanos.
© Reuters
Mundo Militares
"Foi uma resolução ofensiva apresentada pelos democratas como parte da estratégia para vencer as eleições [presidenciais] de 03 de novembro", disse Trump em comunicado, citado pela agência France-Presse.
Em 13 de fevereiro, o Senado dos Estados Unidos da América aprovou uma resolução para limitar o poder de Donald Trump para iniciar uma guerra contra o Irão.
Oito senadores republicanos já tinham votado a favor da abertura de debates sobre este tema, num gesto pouco comum num partido que se tem mostrado unido e fiel ao Presidente.
Entretanto, esses oito senadores voltaram a juntar-se aos democratas num voto bipartidário (55 contra 45) para aprovar a resolução que limita os poderes presidenciais para declarar guerra ao Irão, semanas depois de uma escalada de tensão com esse país do Médio Oriente.
A Câmara dos Representantes, dominada pelos democratas, já tinha aprovado uma medida similar, em janeiro, mas na altura com uma forte oposição dos republicanos.
"Uma guerra ofensiva requer um debate e uma votação no Congresso, sendo esse o único poder para declarar guerra de acordo com a Constituição Americana", sublinhou, na altura, o senador democrata Tim Kaine, autor da resolução que tinha sido aprovada.
O texto pedia ao Presidente para não envolver as forças armadas em hostilidades contra o Irão, sem autorização explícita do Congresso para uma declaração de guerra ou sem uma autorização específica para o uso de força militar contra o Irão.
Apesar do veto de Trump, a adoção da resolução é vista como uma vitória para os democratas, já que foi aprovada pelo Senado controlado pelo seu Partido Republicano, com uma confortável maioria de 53 contra 47.
A resolução foi escrita em janeiro, na altura em que o clima de tensão com o Irão escalava, após um ataque aéreo norte-americano em Bagdad que matou o general Qassem Soleimani, alto comandante das forças de elite iranianas.
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