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Partido de Bolsonaro ajudou protesto que pediu fecho do Congresso

O vice-presidente do partido Aliança pelo Brasil, fundado pelo chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, ajudou a organizar um protesto em Brasília que pediu o fecho do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), no domingo.

Partido de Bolsonaro ajudou protesto que pediu fecho do Congresso
Notícias ao Minuto

20:00 - 05/05/20 por Lusa

Mundo Bolsonaro

A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo (Estadão) que questionou Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança pelo Brasil, sobre o caso.

"Eu botei as pessoas em contacto. Tinha pessoal de um tipo de movimento, outro tipo de movimento. Eu botei eles em contacto e falei 'vocês combinem e vocês façam a organização disso aí'. Foi isso aí que eu fiz", declarou Belmonte.

O vice-presidente do Aliança pelo Brasil ponderou que apoiou e participou da manifestação "como cidadão" e negou ter financiado a iniciativa.

Belmonte também disse que o protesto, que contou com a participação de Jair Bolsonaro, não defendia ideias antidemocráticas.

"Eu coloquei eles em contacto, chamei um, chamei outro. Fiz a questão de dizer que precisaria ter dois tipos de procedimento. Primeiro, que se limitasse a apoio ao Presidente Bolsonaro e que se ativesse a questões de competência de cada poder, e não fora [presidente da câmara baixa parlamentar, Rodrigo] Maia ou fora Congresso", declarou Belmonte.

O Aliança pelo Brasil foi criado no ano passado após Jair Bolsonaro deixar o Partido Social Liberal (PSL), pelo qual foi eleito em 2018. O partido ainda não tem registo no Tribunal Superio Eleitoral (TSE).

Para criar um novo partido político, o TSE exige uma lista com assinaturas equivalentes a 0,5% do total de votos válidos na última eleição para a câmara baixa do Congresso brasileiro, o que equivale a 491.967 apoiantes sem filiação partidária divididos em pelo menos nove estados do país.

O Aliança pelo Brasil ainda não conseguiu juntar e validar junto ao TSE este número mínimo de adesão.

O Estadão acrescentou que Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, mantém relações pessoais com os organizadores do protesto realizado em Brasília e que o seu nome chegou a ser anunciado por um camião de som que apoiava os manifestantes.

Questionado pelo jornal, Eduardo Bolsonaro negou-se a comentar o caso.

No domingo, cerca de três mil pessoas manifestaram-se em Brasília, em defesa de Jair Bolsonaro e contra o Congresso, sem adotarem a recomendação das autoridades de Saúde de manterem o distanciamento social face ao novo coronavírus.

Com cartazes, carros de som e algumas máscaras na cara, apoiantes do chefe de Estado brasileiro saíram de vários pontos do país em direção à Esplanada dos Ministérios, zona central de Brasília, para pedir a saída do presidente da câmara baixa do Congresso brasileiro, Rodrigo Maia, acusado por Bolsonaro de conspirar para a sua destituição.

Alguns manifestantes pediam o encerramento do STF e do Congresso, num ataque a dois pilares do sistema democrático, o que torna o movimento ilegal e inconstitucional, por ser considerada apologia contra a democracia.

Na manifestação, Bolsonaro declarou, da rampa do Palácio do Planalto, que não iria mais "admitir interferência" em seu Governo, que chegou "ao limite" e que tinha o apoio das Forças Armadas.

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