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Síria: Turquia responsabiliza milícias curdas pelo atentado em Afrin

O Ministério da Defesa turco responsabilizou as milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG) pelo atentado com um camião cisterna armadilhado em Afrin, no noroeste da Síria, que provocou mais de 40 mortos e também 47 feridos.

Síria: Turquia responsabiliza milícias curdas pelo atentado em Afrin
Notícias ao Minuto

20:28 - 28/04/20 por Lusa

Mundo Atentado

O inimigo da humanidade PKK/YPG voltou a atacar civis inocentes", escreveu o ministério na conta oficial na rede social Twitter, seguindo o hábito de sublinhar os vínculos entre as YPG sírias e o PKK, a guerrilha curda ativa na Turquia.

O atentado foi perpetrado com um camião cisterna no centro urbano de Afrin, "com uma grande densidade de civis", lê-se no Twitter do ministério turco, que apresenta também um pequeno vídeo com uma paisagem urbana em que sobressaem grandes colunas de fumo.

Um pouco mais tarde, o ministério atualizou os dados, indicando que o número de mortes subiu a pelo menos 40, entre elas 11 menores, e o de feridos a 47.

Uma fotografia agregada ao segundo 'tweet' mostra incêndios em várias lojas comerciais numa rua.

Um pouco antes, a Defesa Civil síria e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) indicaram que se registaram pelo menos 42 mortes, entre eles seis combatentes sírios que lutavam ao lado das forças aliadas turcas, e mais de 40 feridos

O ataque, que ainda não foi reivindicado, é o mais mortal dos últimos meses, no território do norte da Síria que é controlado pelas forças turcas, que combatem em aliança com soldados sírios.

O número de vítimas pode ainda aumentar, já que há diversos casos críticos entre os mais de 40 feridos, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Localizada na província de Alepo, na Síria, a região curda de Afrin foi conquistada pelas forças turcas em março de 2018, com ajuda de soldados sírios.

Metade dos 320.000 habitantes do enclave de Afrin fugiram das suas casas, durante as ofensivas, segundo as Nações Unidas, e a maioria nunca mais regressou.

Hoje, a região abriga milhares de civis que se estabeleceram aí depois de serem forçados a abandonar antigos postos rebeldes recuperados pelo regime de Damasco.

Segundo as Nações Unidas e a Amnistia Internacional, a região tem sido palco frequente de ataques, que têm escalado a violência num conflito que se iniciou em 2011, envolvendo várias potências estrangeiras, incluindo os Estados Unidos e a Rússia, provocando cerca de 400.000 mortes.

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