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Reino Unido regista dia com menos vítimas mortais desde o final de março

Depois de registar 813 este sábado, os britânicos vêm o número de óbitos baixar consideravelmente para uma marca perto dos 400.

Reino Unido regista dia com menos vítimas mortais desde o final de março
Notícias ao Minuto

16:17 - 26/04/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Covid-19

Depois de ontem ter passado a barreira das 20 mil vítimas mortais provocadas pelo novo coronavírus, com mais 813 óbitos, o Reino Unido respirou, este domingo, um ar de esperança já que os dados relativos às mortes são os mais baixos desde o final de março.

Segundo os número divulgados há momentos pelo ministro do Ambiente britânico, George Eustice, 413 pessoas, durante as últimas 24 horas, perderam a vida por causa da infeção pela Covid-19, aumentando para 20.732 o número de óbitos durante a pandemia.

Para se encontrar um registo tão baixo é preciso recuar até 31 de março, altura em que faleceram 381 doentes com o novo coronavírus. Estes dados fazem crer que o Reino Unido poderá já ter atingido o pico da crise pandémica.

O número total de casos de contágio, contabilizado até às 09:00 de hoje, é agora de 152.840, mais 4.462 do que no dia anterior, referiu Eustice no início da conferência de imprensa diária do governo sobre a crise.

Os números das mortes referem-se a óbitos registados até às 17:00 da véspera apenas em hospitais e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

No sábado, o Reino Unido passou a integrar um grupo de países com mais de 20.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, juntando-se aos EUA, Itália, Espanha e França.

No entanto, o número de pessoas internadas tem vindo a decrescer e hoje era de 15.953, menos do que as 16.411 de sábado.

Tendo em conta o número decrescente de hospitalizações, as autoridades britânicas estão convencidas de que o país já atingiu o pico da curva epidemiológica, mas têm evitado responder quando vai ser levantado o regime de confinamento decretado há cinco semanas, em 23 de março.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, que substitui o primeiro-ministro, Boris Johnson, enquanto este está ausente em convalescença, argumentou hoje que a pandemia ainda está numa "fase delicada e perigosa".

"Precisamos de garantir que os próximos passos são firmes e é por isso que estamos a avançar com muita cautela e a seguir os pareceres científicos sobre as medidas de distanciamento social nesta altura, ao mesmo tempo que fazemos o trabalho de casa para garantir que estamos preparados na altura certa para a próxima fase", disse, em entrevista à Sky News.

Dominic Raab também admitiu que uma vacina contra o novo coronavírus "provavelmente não estará concluída este ano".

O governo está sob pressão crescente de políticos conservadores para aliviar as medidas de distanciamento social por causa da preocupação com o impacto na economia e também dos partidos da oposição para publicar o plano para o desconfinamento.

Numa carta divulgada hoje, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, apela a Boris Johnson para que este faça preparativos rapidamente e que seja transparente sobre o que vai ser preciso fazer.

"Precisamos ver uma mudança significativa na resposta do governo a esta pandemia. As decisões precisam ser tomadas mais rapidamente e a comunicação com o público precisa ser mais clara. Já vimos as consequências de um mau planeamento e preparação. Isto não pode acontecer novamente", avisa.

Dominic Raab disse hoje que Boris Johnson vai regressar ao trabalho na segunda-feira, duas semanas após ter recebido alta do hospital, onde esteve internado devido a uma infeção com covid-19, incluindo três noites nos cuidados intensivos.

"Ele esperou e seguiu o conselho dos médicos para retomar forças. Ele vai estar de volta ao trabalho, a tempo inteiro, a comandar na segunda-feira. Está ansioso por voltar", garantiu o chefe da diplomacia.

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