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Iémen alerta separatistas para "consequências catastróficas" da autonomia

O Governo do Iémen reconhecido internacionalmente avisou hoje os separatistas que terão de assumir as "consequências catastróficas " da sua declaração de autonomia e apelou à Arábia Saudita, que lidera a coligação árabe, que tome medidas "rigorosas".

Iémen alerta separatistas para "consequências catastróficas" da autonomia
Notícias ao Minuto

12:55 - 26/04/20 por Lusa

Mundo Iémen

Em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros iemenita, Mohamed al Hadrami, afirma que o Conselho de Transição do Sul terá de "suportar sozinho as sérias e catastróficas consequências de tal declaração".

Os separatistas, que contam com o apoio militar e financeiro dos Emiratos Árabes Unidos, anunciaram hoje em comunicado a autoadministração do sul desde a meia-noite de sábado, rompendo o acordo a que tinham chegado em novembro com o Governo, após três meses de confronto aberto.

Hadrami considera que a declaração dos separatistas "não é mais do que uma continuação da sua rebelião armada de agosto passado e uma rejeição e anulação completa do acordo de Riad", celebrado em novembro.

Este acordo estipulava a criação de um novo Governo com representação igualitária de ambas as partes, para além do regresso a Aden, a principal cidade do sul do Iémen, das autoridades reconhecidas internacionalmente.

No comunicado hoje emitido, o chefe da diplomacia iemenita apelou a Riade, que lidera a coligação árabe que intervém no Iémen a favor do Governo reconhecido internacionalmente e contra os rebeldes huthis, para que tome medidas "rigorosas" contra as "contínuas rebeliões" do Conselho de Transição do Sul e a sua "negação" do pacto.

O apelo à Arábia Saudita ameaça também a coligação internacional que, desde 2015, luta contra os rebeldes huthis e a favor do Governo iemenita e que, liderada pelos sauditas, integra também os Emirados Árabes Unidos, que apoiam a nível financeiro e militar os separatistas.

Em agosto passado, os separatistas tomaram as instituições em Aden, sede temporária do Governo, no que o Executivo de Abdo Rabu Mansur Hadi qualificou de "golpe de Estado", mas na altura as partes chegara a um acordo em Riade.

O anúncio dos separatistas acontece dois dias depois de a aliança árabe ter prolongado por mais um mês a trégua unilateral, declarada em 08 de abril por duas semanas, coincidindo com o período sagrado do Ramadão e com os apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) para um cessar das hostilidades de forma a combater a pandemia de covid-19 no país.

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