NATO exorta talibãs a reduzir violência e rever recusa de cessar-fogo

A NATO exortou hoje os talibãs a reduzir os atos de violência no Afeganistão e a rever a decisão de rejeitar a proposta de cessar-fogo do Presidente afegão, Ashraf Ghani, por ocasião das celebrações do Ramadão.

Jens Stoltenberg  secretário-geral da NATO

© Reuters

Lusa
24/04/2020 14:40 ‧ 24/04/2020 por Lusa

Mundo

NATO

"O atual nível de violência provocada pelos talibãs é inaceitável. Apelamos, com urgência, aos talibãs para diminuir a violência", escrevem os 30 Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) numa declaração comum.

A tensão entre o Governo afegão e os talibãs subiu de tom nas últimas semanas por causa de uma troca de prisioneiros, ponto-chave do acordo assinado em fevereiro entre os Estados Unidos e os insurgentes.

No acordo, não ratificado pelas autoridades de Cabul, Washington prometeu retirar as forças estrangeiras em 14 meses se os talibãs respeitarem o compromisso de segurança e encetem negociações inter-afegãs.

A NATO, entretanto, decidiu reduzir a presença militar no país de 16.000 para 12.000 efetivos até ao verão.

"Toda a diminuição de efetivos será decidida em função das condições no terreno", precisou o secretário-geral da NATO, Jason Stoltenberg, na última reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, realizada por videoconferência a 02 deste mês.

A NATO, que considera o processo de negociações como uma "oportunidade histórica", apelou também aos talibãs para se envolverem nas discussões com Cabul na busca de uma solução de paz.

Nesse sentido, a Aliança Atlântica exortou também as duas partes em conflito a dar "mostras de boa vontade, acelerando o processo de libertação de prisioneiros" e a aceitarem o "apelo da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato por razões humanitária".

A proposta prevê que Cabul liberte das cadeias 5.000 talibãs, enquanto os segundos devem entregar 1.000 soldados ao exército afegão.

Os talibãs rejeitaram quinta-feira a proposta de cessar-fogo de Ghani por ocasião do Ramadão, que começou hoje no Afeganistão, país em guerra civil há mais de 40 anos.

"Utilizar o argumento de que a vida dos milhares de prisioneiros estar em perigo por causa do coronavírus (...) para pedir um cessar-fogo não é racional nem convincente", escreveu, no Twitter, Suhail Shaheen, porta-voz dos talibãs, que acusou Cabul de "criar obstáculos ao processo de paz".

 

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