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Pelo menos 89 polícias detidos por violarem confinamento na África do Sul

Pelo menos 89 polícias estão entre os vários sul-africanos detidos pela violação das normas de confinamento decretadas pelo Presidente do país para a contenção da pandemia de covid-19 na África do Sul, noticia hoje a imprensa local.

Pelo menos 89 polícias detidos por violarem confinamento na África do Sul
Notícias ao Minuto

20:55 - 22/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Segundo o ministro da Polícia, Bheki Cele, citado pelo diário sul-africano The Citizen, entre as pessoas detidas durante o período de confinamento obrigatório decretado pelo chefe de Estado, Cyril Ramaphosa, estão 89 polícias.

"Ninguém vai fugir da lei, não interessa quem sejas. Quer sejas um vereador, um ministro do Estado ou um polícia. Se contrarias estas leis, a lei vai entrar em ação", advertiu o ministro.

De acordo com o The Citizen, os agentes da polícia foram detidos por vários crimes, incluindo a venda ou roubo de álcool ou por "confiscarem" dinheiro de forma ilegal.

Para controlar a propagação da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o Governo implementou várias medidas, incluindo o confinamento obrigatório, salvo para a aquisição de bens ou a realização de serviços essenciais.

Durante o dia de hoje, a imprensa sul-africana noticiou também que a ministra das Comunicações e das Tecnologias Digitais da África do Sul, Stella Ndabeni-Abrahams, se declarou culpada face às acusações de que terá violado o confinamento.

Em causa está um almoço entre a ministra e o antigo deputado do Congresso Nacional Africano Mduduzi Manana, na casa deste.

No início do mês, a ministra tinha sido já suspensa por dois meses, sendo que num deles não iria receber qualquer remuneração.

"O confinamento nacional pede um cumprimento absoluto por todos os sul-africanos. Membros do executivo têm uma responsabilidade especial de estabelecerem um exemplo para os sul-africanos, que têm de fazer grandes sacrifícios", vincou Ramaphosa.

Uma investigação das forças policiais sul-africanas entendeu que os motivos da visita da ministra a casa de Manana não estão compreendidos entre as razões essenciais determinadas pelo estado de confinamento, que incluem a entrega de serviços essenciais, a aquisição de bens essenciais ou a procura ou realização de cuidados médicos.

Até à data, as autoridades registaram 3.300 casos de contaminação no país, incluindo 58 mortes.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 179 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.

O continente africano regista mais de 23.500 casos em 53 países desde o início da pandemia, incluindo mais de 1.150 mortes.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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