Ministro da Polícia do Lesoto detido por violar confinamento

O ministro da Polícia do Lesoto, Lehlohonolo Moramotse passou a noite de segunda-feira sob custódia policial por ter alegadamente violado as normas de confinamento impostas para a contenção da pandemia de covid-19.

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Lusa
22/04/2020 06:06 ‧ 22/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Posso confirmar que o ministro foi detido na esquadra da polícia ontem [segunda-feira]", afirmou o porta-voz da polícia, o superintendente Mpiti Mopeli, citado pela agência France-Presse, tendo acrescentado que este foi libertado na madrugada, antes de ser presente a um juiz.

Segundo o responsável, o ministro "é suspeito de violar as regras de confinamento e de ligar ilegalmente a sua casa à rede de distribuição de água".

Para travar a propagação da pandemia no Lesoto, os dois milhões de habitantes foram colocados em confinamento, ainda que o país não tenha anunciado o registo de qualquer caso.

Durante o dia de trça-feira, o primeiro-ministro do Lesoto, Thomas Thabane, anunciou que este confinamento será prorrogado até 05 de maio.

Uma das medidas aprovadas no Lesoto, tal como na África do Sul, diz respeito à proibição da venda de álcool, algo que o ministro foi também apanhado a fazer.

Há cerca de duas semanas, Lehlohonolo Moramotse terá sido apanhado a comprar bebidas alcoólicas, tendo o vídeo circulado pelas redes sociais.

O ministro da Polícia foi detido na noite de segunda-feira por não ter respondido a uma convocatória da justiça por ter violado as orientações de confinamento.

A sua detenção ocorre num momento em que o reino do Lesoto é afetado por uma crise política que se arrasta há vários meses.

Na segunda-feira, o Governo de coligação do Lesoto assinou um acordo com a África do Sul em que se compromete a permitir uma saída "digna, elegante e segura" do primeiro-ministro, alvo de contestação, mas sem adiantar uma data.

No poder desde 2017, Thomas Thabane, 80 anos, colocou este sábado o exército nas ruas para "restaurar a ordem" perante aqueles que exigiam a sua demissão.

O pequeno reino atravessa uma grave crise política, desde que, no início do ano, o chefe do Governo foi interrogado pelo alegado envolvimento no homicídio da sua ex-mulher, em 2017, com quem estava na altura em processo de divórcio.

Após conversações, envolvendo o Rei Letsie III e todos os partidos, o Governo aceitou "encetar as medidas necessárias tendo em vista uma retirada digna, elegante e em total segurança para o honorável primeiro-ministro", segundo um comunicado citado pela agência France-Presse.

Um enclave no meio da África do Sul, o Lesoto tem conhecido, desde a sua independência em 1966, uma história política instável, marcada por golpes de Estado militares.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 174 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 567 mil doentes foram considerados curados.

O continente africano regista mais de 23.000 casos em 52 países desde o início da pandemia, incluindo 1.150 mortes.

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