"A formação de um Governo israelita de anexação significa o fim da solução de dois estados [Palestina e Israel] e o desmantelamento dos direitos da população da Palestina estabelecidos pela lei e resoluções internacionais", escreveu na rede social Twitter o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh.
A Palestina considera que o acordo firmado entre Netanyahu e o líder da coligação Azul e Branco vai motivar a anexação de mais territórios na Cisjordânia, uma das questões principais no conflito israelo-palestiniano.
Israel continua a ocupar a Cisjordânia, mas abandonou em 2005 a Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo movimento radical palestiniano Hamas e, por isso, alvo de um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo por parte do Estado hebreu.
Mais de 600.000 colonos israelitas coexistem, frequentemente de modo conflituoso, com três milhões de palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Israel considera Jerusalém a sua capital "unificada e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da ocupada zona leste da cidade, que os palestinianos reivindicam como capital do Estado a que aspiram.
Israel enfrentou em 1987 e depois em 2000 duas revoltas (intifada) dos palestinianos dos territórios ocupados.
A primeira terminou com a assinatura em 1993 em Washington dos acordos de Oslo sobre a autonomia nos territórios.
Desde que assumiu funções, o Presidente norte-americano, Donald Trump, adotou uma política de apoio sem falhas a Israel, tomando decisões contrárias a posições de décadas da diplomacia norte-americana.
Após o reconhecimento em 2017 de Jerusalém como capital de Israel e da soberania do Estado hebreu na zona ocupada dos montes Golã sírios, Trump divulgou no final de janeiro um plano para resolver o conflito israelo-palestiniano que faz numerosas concessões a Israel.