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Agência garante segurança da primeira central nuclear bielorrussa

A Bielorrússia aprovou hoje o projeto da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para garantir a segurança da primeira central nuclear da história do país.

Agência garante segurança da primeira central nuclear bielorrussa
Notícias ao Minuto

20:44 - 20/04/20 por Lusa

Mundo AIEA

Segundo informou o Ministério da Energia bielorrusso, em comunicado, o projeto de assistência técnica da AIEA pretende aumentar os níveis de segurança durante a construção e a exploração da central, construída pela Rússia.

Os especialistas da AIEA , organização que fiscaliza o cumprimento de resoluções e tratados internacionais sobre energia atómica e armas nucleares, partilharão durante dois anos as suas experiência e práticas com técnicos bielorrussos, o que incluirá intercâmbios pessoais, seminários e visitas de supervisão.

A cooperação entre ambas partes aperfeiçoará os preparativos para responder a casos de avaria, criar um sistema de comando integrado, tratar resíduos radioativos e capacitar pessoal, detalha a nota oficial.

A central terá dois blocos de 1.200 megawatts cada um, que serão postos em marcha em julho, informou, há uma semana, o ministro da Energia bielorrusso, Victor Karankevich, adiantando que a produção de eletricidade deverá começar em setembro/outubro.

A central está situada na região de Grodno, concretamente na localidade de Ostrovets, a cerca de 40 quilómetros de Vilnius, capital da Lituânia, que já considerou o projeto "uma ameaça à segurança nacional, à saúde pública e ao meio ambiente".

Os Presidentes bielorrusso, Alexandr Lukashenko, e russo, Vladimir Putin, acordaram em 2011 levar a cabo o projeto, para o qual Moscovo concedeu um crédito a Minsk dez mil milhões de dólares.

As obras estão a ser realizadas pela empresa estatal russa AtomStroyExport, a mesma que construiu a única central atómica de Busher, no Irão.

A Bielorrússia defende que precisa de produzir com urgência "energia não contaminante" e adiantou que a central produzirá cerca de 30 por cento de toda a energia elétrica que se consome no país.

A oposição política no país está contra a construção de centrais nucleares, recordando que 23 por cento do território bielorrusso ficou contaminado por radiação procedente da central de Chernobyl, na Ucrânia, cenário da maior catástrofe nuclear da história, em 1986.

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