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Afetados pela violência armada em Cabo Delgado sobem para 162 mil

O número de pessoas afetadas pela violência armada em Cabo Delgado subiu de 152 mil para 162 mil, informou hoje fonte oficial.

Afetados pela violência armada em Cabo Delgado sobem para 162 mil
Notícias ao Minuto

19:27 - 20/04/20 por Lusa

Mundo Moçambique/Ataques

Segundo um documento do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), sobre a situação humanitária da província, "a maior parte dos afetados está localizada nos distritos de Macomia [29 mil], Mocímboa da Praia [26 mil] e Quissanga [15 mil]", estando os restantes distribuídos entre 14 outros distritos.

Dos 162 mil afetados, 40 mil saíram das zonas consideradas de risco, maioritariamente situadas mais para o norte da província, e estão a receber assistência humanitária na cidade de Pemba, a capital provincial.

O Programa Mundial de Alimentação (PMA) prevê assistir mais de 84 mil pessoas nos distritos do Ibo, Macomia, Mocímboa da Praia, Nangade, Palma, Quissanga, Mueda e Metuge.

De acordo com o INGC, é necessário assegurar a assistência humanitária para um período mínimo de seis meses na região e "mobilizar recursos adicionais para a estabilização da vida dos deslocados internos".

A última atualização sobre a província data de fevereiro e colocava a província como a com um total de 156 mil pessoas afetadas pela violência armada, que opõem as forças governamentais e grupos armados desde outubro de 2017.

Os ataques de grupos armados são classificados por organizações internacionais como uma ameaça terrorista e já tiraram a vida de, pelo menos, 350 pessoas.

No final de março, as vilas de Mocímboa da Praia e Quissanga foram invadidas por um grupo, que destruiu várias infraestruturas e içou a sua bandeira num quartel das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

Na ocasião, num vídeo distribuído na Internet, um alegado militante 'jihadista' justificou os ataques de grupos armados no norte de Moçambique com o objetivo de impor uma lei islâmica na região.

Foi a primeira mensagem divulgada por autores dos ataques que ocorrem há dois anos e meio na província de Cabo Delgado, gravada numa das povoações que invadiram.

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