Sete judeus foram mortos em 2019 nos mais de 450 ataques registados em todo o mundo contra sinagogas, centros comunitários e outros alvos judaicos.

No total, pelo menos 169 judeus foram fisicamente atacados, alguns perto ou mesmo em suas casas, indica o estudo.

A Alemanha teve uma média de cinco incidentes antissemitas por dia em 2019. Em outubro, um ataque a tiro junto a uma sinagoga na cidade de Halle (leste), no dia sagrado do Yom Kipur, causou dois mortos.

Um inquérito recente conduzido pelo organismo da União Europeia para os Direitos Fundamentais revelou que quatro entre cada 10 judeus europeus com menos de 60 anos consideraram emigrar devido ao aumento do antissemitismo.

O mesmo estudo indica que oito em cada 10 consideram o antissemitismo um problema nos seus países.

Por outro lado, vários governos adotaram mais medidas para proteger os judeus, tendo mais de 20 países aprovado a definição de antissemitismo consagrada pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto.

Foi ainda assinado em 2019, com várias plataformas como o Facebook, Twitter e YouTube, um código de conduta contra o discurso de ódio na internet, que prevê a remoção em 24 horas de material identificado como tal.

Em relação ao corrente ano, Moshe Kantor, presidente do Congresso Judaico Europeu, alertou que o novo coronavírus tem potencial para desencadear o extremismo populista, como o que eclodiu após a Grande Depressão e contribuiu para a ascensão do nazismo.

"Desde o início da pandemia de covid-19 houve um aumento significativo nas acusações de que os judeus, como indivíduos e como coletivo, estão por trás da propagação do vírus ou estão a lucrar diretamente com ele", disse Cantor.