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Primeiro-ministro de Malta investigado por mortes de migrantes no mar

O primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, anunciou que está a ser investigado, juntamente com o exército e as autoridades do seu país, por alegadamente não terem sido resgatados migrantes que morreram em águas territoriais maltesas.

Primeiro-ministro de Malta investigado por mortes de migrantes no mar
Notícias ao Minuto

20:05 - 18/04/20 por Lusa

Mundo Malta

As Organizações Não-Governamentais (ONG) acusam as autoridades maltesas de não terem ajudado os migrantes à deriva nas suas águas territoriais, num incidente que terá ocorrido no passado fim-de-semana.

A acusação é negada pelo Governo, que garante ter encerrado os seus portos a migrantes devido à pandemia de covid-19.

Segundo as ONG, um barco de migrantes, que não atingiu a costa europeia, regressou à Líbia na quarta-feira e cinco dos seus ocupantes estavam mortos e outros sete estão desaparecidos.

Robert Abela explicou, num discurso divulgado na noite de sexta-feira, que um deputado da oposição e a ONG Repubblika apresentaram queixa contra toda a tripulação de um barco da Marinha de Malta, um oficial e o próprio chefe de Governo.

Os queixosos "alegam que o exército do nosso país cometeu um homicídio (...) de vários migrantes ilegais ao não resgatá-los", acrescentou

"Fui informado de que, devido à natureza das acusações, a polícia pediu a um juiz que me investigasse e aos oficiais militares", explicou, garantindo ter "a consciência limpa".

Um julgamento só se realizará se este magistrado reunir provas suficientes, segundo revelou fonte judicial.

Robert Abela defendeu a decisão do seu Governo em fechar os seus portos a barcos de migrantes durante a crise devido ao novo coronavírus, tal como está a acontecer em Itália.

"Não podemos garantir [durante esta crise] o resgate no mar de migrantes ilegais, porque os nossos recursos estão concentrados" na luta contra a pandemia, afirmou.

"É uma situação com uma zona cinzenta, mas certamente que as vidas poderiam ter sido salvas e o resgate não deveria ter sido adiado. Os resgatados não deveriam ter sido enviados de volta à Líbia e agora devem ser protegidos dos sérios riscos que enfrentam para as suas vidas", realçou, através da rede social Twitter, o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Vincent Cochetel.

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