Myanmar liberta mais de 24 mil prisioneiros devido ao Ano Novo budista
O Myanmar (ex-Birmânia) anunciou hoje a libertação de cerca de 24.800 prisioneiros, cerca de um quarto da sua população prisional, por ocasião do Ano Novo budista e em plena pandemia da covid-19.
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Mundo Myanmar
As autoridades perdoam milhares de prisioneiros todos os anos, mas hoje perdoaram mais do dobro do que é habitual, num país com cerca de 100.000 presos.
O gabinete do Presidente indicou, num comunicado, que a medida também inclui comutação da pena de morte para prisão perpétua para vários reclusos e também reduções de penas de prisão, mas não menciona a covid-19 entre os motivos da amnistia.
Apesar de as autoridades terem proibido as reuniões de mais de cinco pessoas devido ao novo coronavírus, os familiares dos presos reuniram-se do lado de fora da prisão de Insein, em Rangum, a maior cidade do país, para aguardar a libertação.
A ONU pediu que os países libertem prisioneiros vulneráveis e doentes, não perigosos, para impedir a propagação do novo coronavírus nas prisões, que em países da região como Myanmar, Filipinas, Indonésia e Tailândia estão sobrelotadas.
No início deste mês, a Indonésia libertou cerca de 30.000 presos e outros países como Irão, Alemanha e Canadá adotaram medidas semelhantes para prevenir a covid-19.
Nesse sentido, a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) solicitou amnistias para prisioneiros nas Filipinas, onde hoje foi anunciado que o novo coronavírus infetou pelo menos nove prisioneiros e nove guardas na prisão de Quezon e na Tailândia, onde os presos capacidade tripla de prisão.
No Sudeste Asiático, existem diferentes níveis de restrições de movimento e distância social em países como Myanmar, com 84 casos confirmados e quatro óbitos, Indonésia (5.516 pacientes e 496 óbitos), Malásia (5.182 casos e 84 óbitos) e Tailândia (2.700 infeções e 47 mortos).
A nível global, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
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