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Renúncia do 2.º primeiro-ministro designado desde protestos de outubro

O primeiro-ministro designado do Iraque, Adnane Zorfi, renunciou hoje ao cargo, tornando-se o segundo nomeado a fazê-lo, e o presidente iraquiano, Barham Saleh, escolheu uma terceira pessoa para a tarefa de formar um governo.

Renúncia do 2.º primeiro-ministro designado desde protestos de outubro
Notícias ao Minuto

11:52 - 09/04/20 por Lusa

Mundo Iraque

Saleh designou agora o chefe dos serviços de informação, Mustafa al-Kazimi, para constituir um executivo.

"O objetivo da minha renúncia (...) é manter a unidade iraquiana e o interesse comum", indicou Zorfi num comunicado a uma semana de terminar o prazo para formar governo e um dia depois dos blocos sunita e curdo no parlamento lhe terem retirado o apoio.

Kazimi, aceite por quase todos os partidos antes de ser nomeado, foi durante muito tempo visto como o "homem dos norte-americanos" no Iraque, antes de estreitar relações com o grande inimigo de Washington, Teerão, a principal potência ativa no seu país.

Prova do consenso que Kazimi suscita é o facto de a sua cerimónia de designação no palácio presidencial ter contado com a presença da maioria dos mais importantes políticos iraquianos, o que não aconteceu com os anteriores candidatos ao cargo de primeiro-ministro.

Zorfi, designado a 17 de março, não pôde sequer convocar o parlamento para um voto de confiança ou apresentar uma lista de ministros.

Apenas conseguiu realizar uma conferência de imprensa para apresentar um programa que deveria ajudar a resolver a crise no país, onde o novo coronavírusinfetou mais de 1.200 pessoas, matou 69 e reduziu para metade o preço do barril de petróleo e com isso o orçamento de Estado.

Antes dele, Mohammed Allawi também tinha falhado na tentativa de conseguir um voto de confiança no parlamento após os 30 dias previstos na constituição.

O primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi anunciou a demissão em dezembro, quando o país assistia desde 01 de outubro a uma revolta popular inédita que levou a uma crise social e política sem precedentes.

O movimento de protesto foi suspenso pela pandemia de covid-19, embora na praça Tahrir de Bagdad, seu epicentro, continuem acampados dezenas de manifestantes, apesar do recolher obrigatório decretado no país pelo menos até 19 de abril.

Kazimi tem agora 30 dias para apresentar um executivo ao parlamento e o futuro governo deverá, antes de qualquer outra tarefa, aprovar o orçamento de 2020.

O contexto é o de uma queda histórica no preço do petróleo, a única fonte de divisas do país, o segundo produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

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