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ONU pede "libertação rápida" de opositor maliano raptado em março

O Conselho de Segurança da ONU apelou hoje para a "libertação rápida" do líder da oposição no Mali, Soumaïla Cissé, raptado em 25 de março, no norte do país, após uma reunião dedicada ao país.

ONU pede "libertação rápida" de opositor maliano raptado em março
Notícias ao Minuto

20:47 - 07/04/20 por Lusa

Mundo Soumaïla Cissé

Soumaïla Cissé, 70 anos, foi raptado no final do mês passado quando se dirigia para o seu bastião eleitoral, Niafounké, na região de Timbuktu, enquanto realizava campanha com vista às eleições legislativas de 29 de março.

Segundo a agência noticiosa France-Presse, através de uma declaração, os membros do Conselho de Segurança "condenam" também o "ataque terrorista" de segunda-feira contra o Exército do país, que matou pelo menos 25 pessoas e feriu seis em Bamba, na região nortenha de Gao.

Várias partes do território do Mali continuam fora da autoridade do Estado, depois de meses consecutivos de ataques mortais contra o Exército do país.

Estes ataques são regularmente atribuídos a grupos ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico.

Num comunicado, o Conselho de Segurança pediu ainda ao Governo e às Nações Unidas para que colaborem para a contenção da propagação da covid-19 no país.

À força de paz da ONU no país, a MINUSMA, o organismo das Nações Unidas pediu que "prosseguisse a sua missão apesar da pandemia".

O Conselho de Segurança registou alguns progressos na implementação do acordo de paz de 2015, mas instou a novos avanços por parte de Governo e dos grupos armados que assinaram este documento.

A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomaram o poder do norte do país durante 10 meses.

Os fundamentalistas foram expulsos em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo no norte e no centro, escapam ao controlo estatal e são, na prática, geridas por grupos rebeldes armados.

De acordo com a ONU, mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.

Além de uma força conjunta do G5 Sahel - composta por militares de Mali, Burkina Faso, Níger, Chade e Mauritânia -, a região conta também com a operação Barkhane, uma missão das Forças Armadas francesas no Mali.

A missão da ONU no país, a MINUSMA, uma das mais dispendiosas da organização, conta com cerca de 14.000 soldados.

O atual mandato da Minusma expira em junho.

O Governo português tinha previsto "para 15 de maio" a "projeção de um avião C-295 para o Mali", o que envolve "70 pessoas de apoio à aeronave", mas admitiu que "é possível que venha acontecer apenas mais tarde", devido à pandemia de covid-19.

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