Governo espanhol aceita perguntas feitas em direto pelos jornalistas
O Governo espanhol decidiu alterar o modelo de videoconferências de imprensa sobre a crise da covid-19, muito criticado pelas associações de jornalistas, passando a permitir perguntas em direto em vez do envio de questões escritas.
© Reuters
Mundo Covid-19
A secretaria de Estado da Comunicação espanhola afirma agora que vai implementar "um sistema seguro de videoconferência" e "estabelecer faixas horárias de intervenção" para os 79 meios de comunicação social habituais, "através de um mecanismo aleatório, público e verificável".
Por outro lado, Madrid vai permitir que os restantes meios de comunicação social nacionais e estrangeiros, que participam diariamente nestas conferências de imprensa desde o início da crise com o novo coronavírus, possam continuar também a fazer perguntas aos membros do Governo.
Os representantes dos jornalistas tinham apresentado na semana passada o manifesto "A liberdade de perguntar", no qual reivindicavam videoconferências de imprensa livres, com perguntas feitas em direto, livres e sem controlo prévio da secretaria de Estado da Comunicação espanhola.
O Governo tinha vedado o acesso da imprensa ao palácio de Moncloa, residência oficial do executivo, em 12 de março último, quando implementou o modelo de conferência de imprensa telemática e abriu uma sala de 'chat' à qual aderiram mais de 300 jornalistas de mais de uma centena de meios de comunicação social nacionais e internacionais.
O secretário de Estado da Comunicação, Miguel Ángel Oliver, passou nessa altura a selecionar as questões que considerava mais relevantes e o sistema permitia aos ministros saberem antecipadamente o conteúdo das perguntas e decidir sobre aquelas que efetivamente eram colocadas.
A nova proposta de conferências de imprensa foi recebida com agrado por diversas associações de profissionais da informação, como a Federação das Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE) e a Associação de Imprensa de Madrid (APM).
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