Será federalismo alemão resposta para o vírus que não conhece fronteiras?
Alicerçado numa ideia do tempo dos romanos, o Estado alemão continua a funcionar de forma descentralizada. Cada região tem liberdade administrativa para tomar as decisões mais adequadas à situação vivida pela sua população.
© Reuters
Mundo Corno
Composta por 16 estados federados, a Alemanha não tem uma resposta única para combater a pandemia de Covid-19, doença que galgou todas as fronteiras terrestres e que contaminou o mundo.
Porém, com respostas mais adequadas à necessidade direta das populações, este mecanismo administrativo, alicerçado numa ideia que vem desde os tempos romanos, poderá facilitar a gestão de casos, mas também o regresso esperado à normalidade.
Por exemplo, em Berlim, capital do país, as medidas adotadas pelo governo central, chefiado por Angele Merkel, permitem que qualquer pessoa possa ainda ir à rua, visitar uma livraria e comprar um livro. Porém, um piquenique público já é proibido.
Este sistema permite também autonomia na gestão hospitalar. Por exemplo, ao invés do modelo centralizado, onde testes em massa à população têm de passar por uma decisão do governo central, na Alemanha essa decisão pode ser tomada por qualquer 'estado'.
Com os testes generalizados à população a serem encarados como forma para controlar rapidamente o crescimento da pandemia a nível local e internacional, laboratórios privados têm autonomia, consoante as decisões dos governos locais, para começarem a efetuar despistes.
"Não tenho de esperar por uma chamada do ministro da saúde antes de começar os testes", afirmou, citado pelo Guardian, Matthias Orth, do Instituto de Medicina Laboratorial de Estugarda.
Assim, as decisões tomadas a nível local são emanadas apenas como recomendações, algo que, nos primeiros dias da gestão da crise sanitária, passou algo despercebido num país que tem milhares de casos diagnosticados, mas com uma taxa de mortalidade, devido ao novo coronavírus, que se pode considerar baixa.
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